MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de março de 2012

Falta de infraestrutura prejudica aprendizagem de alunos na UEG


Eles utilizam pedaços de madeira para apoiar equipamentos de ginástica.
Reitor afirma que cerca de R$ 8 milhões serão investidos em melhorias.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

A falta de infraestrutura nas unidades da Universidade Estadual de Goiás (UEG) tem prejudicado o aprendizado dos alunos no estado. Em Goiânia, estudantes dos cursos de Educação Física e Fisioterapia improvisam pedaços de madeira para usarem os equipamentos que servem como materiais didáticos nos estágios.
Além disso, na Escola Superior de Educação Física de Goiás (Esefego), em Goiânia, o piso e o telhado do ginásio da unidade estão danificados. “Isso dificulta muito na prática de determinadas atividades. Além disso, quando chove as goteiras molham a quadra toda”, relata o aluno Guilherme Barros.
Na grade curricular do curso, dois dos principais equipamentos para as aulas de ginástica e atletismo são um colchão para salto em altura e uma bicicleta ergométrica. Entretanto, na Esefego os dois estão velhos e impróprios para o uso de alunos e da comunidade, que participa dos projetos de extensão. “A falta desses equipamentos prejudicam nosso ensino e o atendimento às pessoas que participam das atividades na UEG”, lamenta a estudante de Educação Física Caroline Lisita.
Segundo o outro discente, Marcelo Marques, a pista de atletismo também está inadequada para a prática esportiva. “O asfalto não é o piso próprio para a prática da modalidade, pois, ele provoca mais impacto e pode causar problemas de articulação do sangue”, comenta.
Já o aluno de fisioterapia, Felipe Heguedusch Soares, afirma que os laboratórios de anatomia e fisiologia estão em situação precária. “As peças que utilizamos nas aulas já têm cerca de seis e anos e elas não estão em condições de serem analisadas”, conclui.
Interior
Em Santa Helena, o campus da UEG possui quatro cursos, mas faltam equipamentos e profissionais para ocuparem as vagas nas áreas de administração, matemática, sistemas de informação e engenharia. “Não tem condições do aluno conseguir sair daqui com aulas práticas que deveriam ser realizadas dentro do curso”, declara o coordenador do curso de engenharia agrícola, Pedro Rogério Giongo.
Porém, no município de Jataí, os estudantes consideram o ensino da UEG de boa qualidade. Mas, as salas amplas bem arejadas fazem parte de um prédio alugado pela unidade. Em cerca de sete anos de funcionamento, a instituição ainda não tem uma sede própria. “Quando se tem uma casa própria com biblioteca e laboratórios é possível passar um ensino de melhor qualidade”, acredita o diretor universidade estadual no município, Christiano de Oliveira e Silva.
Já na unidade de Luziânia, a 210 km de Goiânia, os poucos cursos de graduação faz com que os moradores do município procurem faculdades particulares em cidades vizinhas. Adalberto Félix é formado em administração de empresas pela instituição, mas afirma que essa não era a primeira opção dele. “Várias pessoas deixam de estudar na unidade por falta de variedades de cursos. Aqui só tem administração de empresas e pedagogia”, revela o ex-aluno da UEG.

Em Anápolis, os estudantes se arriscam para atravessar a BR-060 que fica às margens do Campus Henrique Santillo. No local, não existem passarela para pedestres e nem faixas de sinalização adequadas. “Frequentemente acontecem acidentes na rodovia devido ao intenso tráfego de veículos pesados. Alunos e funcionários já chegaram a morrer durante essa travessia”, afirma o estudante Welvis Furtado.
Projetos
De acordo com o reitor da Universidade Estadual de Goiás, Haroldo Reimer, os procedimentos para melhoria de alguns campi estão tomados. “Já houve a descentralização de quase R$ 8 milhões no orçamento da UEG para 2012. Com isso, há previsão de reformas e instalação de novos equipamentos nas unidades de Itumbiara, Crixás, Aparecida de Goiânia e Inhumas”, explica.
Além disso, ele afirma que outros investimentos serão feitos. “Para este ano, existem ações para aquisição de livros, computadores e equipamentos para os laboratórios. Serão feitas as coletas da demanda e, consequentemente, será iniciado o processo licitatório”, salienta.

Enquanto à Escola Superior de Educação Física de Goiás (Esefego), em Goiânia, o reitor informou que será feito um estudo para reformar a unidade que completa 50 anos em 2012 e nunca passou por esse procedimento. “Vamos apresentar um projeto para revitalizar toda essa unidade. Além disso, iremos propor contratar novos professores para que novos cursos de graduação sejam criados no estado”, conclui.

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