MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 9 de março de 2012

EUA anunciam US$ 1 bilhão em incentivos para veículos elétricos


'Não se pode esperar mais', disse o presidente Barack Obama.
Novo programa visa melhorias das tecnologias e redução de custos.

Do G1, com informações da EFE
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira (7) que a indústria automobilística reduza sua dependência do petróleo com veículos mais eficientes e anunciou US$ 1 bilhão em incentivos para que empresas invistam mais  nessas tecnologias. Com isso, a ajuda do governo norte-americano para as mudanças "verdes" na mobilidade do país já soma US$ 4,7 bilhões.
Obama anuncia nova ajuda federal para desenvolvimento de veículos elétricos durante visita à fábrica da Daimler de Mount Holly, na Carolina do Norte (Foto: Jason Reed/Reuters)Obama anuncia nova ajuda federal para desenvolvimento de veículos elétricos durante visita à fábrica da Daimler de Mount Holly, na Carolina do Norte (Foto: Jason Reed/Reuters)
A Casa Branca diz que os veículos elétricos vão ajudar o motorista a economizar US$100 em média por mês, o que será muito, conforme a tecnologia para carros elétricos fique mais barata, deixando os modelos mais acessíveis aos consumidores.
Para este fim, o montante anunciado para investimentos se encaixa no plano "EV Everywhere" (veículo elétrico em todo lugar, em tradução livre do inglês). O programa considera investimento em inovação, pesquisa e desenvolvimento para a criação de baterias mais modernas, novas tecnologias de sistema de transmissão elétrica, estruturas mais leves para os veículos e nova tecnologia para carregamento mais rápido de modelos elétricos e híbridos plug-in.
Aumento da demanda de petróleo na China, Índia e Brasil preocupa os Estados Unidos
"O investimento em energias limpas nunca foi tão promissor. Não se pode esperar mais", declarou Obama em discurso na fábrica da Daimler, na Carolina do Norte, onde são fabricados caminhões movidos a gás natural.
Em sua opinião, "não há uma solução fácil" para o aumento dos preços da gasolina, utilizados como argumento de ataque da oposição política do Partido Republicano. Para o presidente, é necessário, além de aumentar a extração de petróleo e gás nacional, promover as energias renováveis.
O presidente afirmou ainda que os Estados Unidos devem promover energias como eólica, biocombustíveis, solar e nuclear, com o objetivo de evitar que os preços da gasolina tenham um impacto tão negativo em lhe economia do país.
Obama disse que seu governo já elevou a um nível recorde a exploração de petróleo no país. Segundo ele, o aumento dos preços da gasolina, que representam um "imposto que sai direto do salário", deve-se a uma causa que persistirá no longo prazo: o aumento da demanda de petróleo na China, Índia e Brasil.
"Os EUA possuem 2% das reservas de petróleo mundial e consome 20% do petróleo mundial", exclamou o líder, para quem é necessária uma política de longo prazo com energias alternativas, mais inovação e veículos mais eficientes.
Chevrolet Volt (Foto: Divulgação)Chevrolet Volt terá produção suspensa por cinco
semanas por falta de procura (Foto: Divulgação)
Obama é criticado por concessionáriosEm maio de 2009, os Estados Unidos passaram a obrigar as montadoras a aumentar a eficiência no consumo de combustíveis e reduzir as emissões de poluentes dos veículos. Assim, os carros norte-americanos começaram a sofrer mudanças drásticas em tamanho, peso, motor, aerodinâmica e materiais aplicados. Até 2025, os carros novos vendidos nos Estados Unidos terão de render 54,5 milhas por galão de combustível ou 23,17 km/l , na média final de consumo de todo o portfólio de cada marca.
A meta, estabelecida pelo governo de Barack Obama, causa polêmica entre o setor, espeicalmente por parte dos concessionários de veículo, de maioria Republicana. Para a NADA, entidade que representa os distribuidores de carros no país, o tiro pode sair pela culatra. Isso porque o custo da tecnologia "verde" poderia "espantar os consumidores", como afirmou Bill P. Underriner, o presidente da "Fenabrave" dos EUA, durante congresso em fevereiro organizado em Las Vegas. O G1 esteve no evento.
A Nada estimou que os distribuidores podem perder 7 milhões de consumidores, que não teriam condição de comprar um carro com novas tecnologias "eco". A entidade diz que tentará mudar a regra junto ao Congresso norte-americano.
Como o cálculo da meta de economia de combustível para 2025 é feito utilizando a média de consumo do portfólio das marcas hoje, o consumidor poderá optar por modelos mais baratos, porém mais poluentes, e acabar "encalhando" os elétricos e os híbridos.
Por enquanto, a aceitação de veículos elétricos e híbridos é baixa nos EUA, tanto é que a oferta destes produtos no país não passa de 2% do mercado total de carros (abrangendo Chevrolet Volt, Nissan Leaf e modelos híbridos). Um exemplo do pouco sucesso é a interrupção por cinco semanas da produção Chevolet Volt, anunciada pela General Motors nesta semana devido à alta dos estoques.

Nenhum comentário:

Postar um comentário