MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 15 de março de 2012

Escolas sofrem com falta de higiene, insegurança e abandono, em Goiás


Porta do banheiro de uma unidade em Porangatu foi improvisada com tecido.
Em Luziânia, funcionários afirmam que tráfico de drogas ocorre no colégio.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

A insegurança e a falta de infraestrutura estão comprometendo o funcionamento de escolas da rede pública de ensino em Goiás. No distrito de Jaranápolis, os estudantes de uma pequena unidade educacional têm de passar pelo constrangimento de usar o banheiro com uma porta improvisada, que fica dentro da própria sala de aula. Além disso, a madeira que sustenta a estrutura do telhado está podre, fios de energia ficam expostos sem proteção e buracos no chão ameaçam a segurança das crianças.
Já em Porangatu, o banheiro masculino de uma escola não tem porta, e os funcionários da unidade tiveram de colocar um tecido no local. A falta de higiene preocupa os pais dos alunos, que também não contam com um bebedouro e, se sentem sede, são obrigados a beber água em uma torneira.
“Me sinto triste com essa situação. O colégio deveria oferecer segurança para o aluno, mas isso não acontece. Como vou ficar tranquila na minha casa se meu filho não tem nem um banheiro decente para fazer as necessidades fisiológicas?", questiona a dona de casa Eliene Lemos da Silva.
Sudoeste
Em Rio Verde, as obras de ampliação de um colégio, que fica no Centro da cidade, estão paradas há cerca de 6 anos. Com os transtornos, os 850 alunos se amontoam nas únicas salas existentes. Porém, uma delas acabou se transformando em depósito de lixo por causa da falta de espaço.
Longe da região Central, outra unidade escolar funciona em um prédio improvisado há três anos. Por causa disso, a mãe de um aluno relata que percorre 5 km a mais para levar o filho às aulas. “Tenho que atravessar a cidade para deixar ele na escola”, reclama a vendedora Arleria Gomes da Silva.

Violência
Na última segunda-feira (21), um professor de biologia, de 21 anos, foi agredido por um aluno em um colégio de Luziânia, cidade do Entorno do Distrito Federal, após ter oferecido um pão de queijo à namorada do rapaz. “Ele me deu um chute no queixo, tentei me defender e ele deu outro golpe. E, por último, ele deslocou meu ombro”, relata o educador Felipe Franco.
Além disso, o tráfico de drogas nas unidades de ensino preocupam funcionários e professores da região. “Convivemos com o tráfico de drogas dentro das unidades escolares todos os dias. E, infelizmente, não podemos interferir nessas ações”, revela uma funcionária pública que preferiu não se identificar.
Já uma diretora afirma que no colégio onde ela é gestora os roubos e furtos são contínuos. Mesmo após ela ter colocado uma grade no pátio, os crimes continuam acontecendo. “A violência aqui está constante. Quando os ladrões não conseguem levar as panelas e computadores, eles carregam os fios de energia”, conta.
Uma aluna da escola acrescenta: “Quando a gente traz o celular para a sala de aula ele tem que ficar guardado para não ser roubado”.

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