Município de Mamonas está sem chuva desde janeiro.
Barragens estão secando e acesso à água fica cada vez mais difícil.
A principal fonte de água de Mamonas é a barragem do rio Cabeceiras. Nesta época do ano, em pleno período de chuva, ela deveria estar cheia. O problema é que desde três de janeiro não chove no município e a represa está praticamente vazia. A água que restou, de acordo com os moradores, está imprópria para o consumo.
Do que era fonte de vida para toda a comunidade, agora restam somente lama, solo rachado e centenas de peixes mortos. A captação da água da barragem foi suspensa há três meses.
Para conhecer o local onde isso é feito hoje é preciso pegar a estrada. A área fica no Parque Estadual Caminhos dos Gerais, que tem mais de 56 mil hectares. Na vereda Curral Velho, no município de Gameleiras, há um pequeno riacho de onde é tirada a água para abastecer Mamonas.
A movimentação de caminhões é constante, mas são observados critérios para preservar o parque, como explica o gerente Alessandre Jorge: “Tem um período do dia em que é retirada a água, das seis horas da manhã às seis horas da tarde. São doze horas de trabalho, com intervalos de 30 minutos entre um caminhão e outro”.
A falta de chuva também comprometeu a lavoura. O agricultor Geraldo Freitas plantou milho em um hectare e quando mais precisava da chuva, ela falhou. “Na época de vingar, a chuva faltou. Acabou a plantação, não sobrou quase nada”.
De acordo com Paulo César Nunes Azevedo, extensionista da Emater, enquanto a chuva não chegar, é preciso pensar em soluções práticas. “A médio prazo tem que se pensar na construção de barramentos maiores, que acumulam um volume maior de água, para chegar em uma época dessas, de escassez de água, e ter água acumulada para o município”.
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