MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 21 de março de 2012

Caramujos Africanos preocupam setor de saúde de Manaus


Clima úmido e áreas com entulho favorece o aparecimento do animal.
Capital convive com a infestação do caramujo há 18 anos.

Girlene Medeiros Do G1 AM

Incidência de caramujo africano tem aumentado em Manaus (Foto: Divulgação/Semmas)Incidência de caramujo africano tem aumentado em Manaus (Foto: Divulgação/Semmas)
O clima úmido típico de Manaus que aumenta a infestação de caramujos africanos preocupa o setor de saúde da capital amazonense há 18 anos. O órgão ambiental da capital registrou 110 denúncias da presença do animal este ano e com o período chuvoso a tendência é que a invasão do molusco aumente. A praga urbana transmite doenças e a contaminação pode ocorrer ao ingerir alimentos em que o caramujo teve contato.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) atendeu a 74 registros da presença do molusco este ano e as zonas Norte e Leste da capital são as mais atingidas devido a ocupação irregular à margem de igarapés, grande incidência de terrenos sem limpeza e o acúmulos de resíduos que propiciam a proliferação.
O órgão ambiental chegou a coletar e incinerar os animais em 2005 mas, segundo informações da secretaria, o procedimento se tornou caro e ineficiente e a campanha educativa tomou o lugar do método de prevenção seguro. Denúncias de presença do animal podem ser feitas através da Linha Verde da Semmas (08000-92-2000) ou pelo telefone da Gerência de Educação Ambiental (3236-6712).
A iniciativa objetiva erradicar a infestação. “É importante salientar que o nosso trabalho é educativo e visa sensibilizar as pessoas para a responsabilidade de cada uma manter seus terrenos limpos, sem acúmulo de entulho nem restos de comida, e seguirem os seis passos para a erradicação da praga”, afirmou Manoel Oliveira, técnico em Educação Ambiental da Semmas.
Proprietários de terrenos abandonados que possuam foco do molusco podem ser notificados e serem multados em até 50 UFMs (Unidades Fiscais do Município), cerca de R$ 3,5 mil. Segundo a secretaria, é preciso saber diferenciar e identificar o caramujo africano, proteger a mão com plástico e colocar o animal em um saco, esmagá-los com uma pedra, colocar sal ou cal e encaminhar para a lixeira de coleta.
Segundo Manoel Oliveira, o caramujo africano não libera substância venenosa. "A proteção da mão é para evitar o contato com a mucosa do animal que pode hospedar vermes e parasitas causadores de doenças", explicou.

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