MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 18 de março de 2012

Cachorro quente rio-pretense é destaque gastronômico regional


Ingredientes como frango desfiado e carne são costumes regionais.
Carrinhos mais populares vendem cerca de 500 unidades por dia.

Natália Clementin Do G1 Rio Preto e Araçatuba

Cachorro quente de Rio Preto é famoso em toda região noroeste (Foto: Natália Clementin / G1)Cachorro quente de Rio Preto é famoso em toda região noroeste (Foto: Natália Clementin / G1)
Frango, carne, bacon e até salada. Os ingredientes incomuns em cachorros quentes pelo Brasil são indispensáveis no lanche de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Quem visita a cidade tem como referência diversos carrinhos famosos por hot dogs cada vez mais personalizados. Comerciantes, que são centenas espalhados pelos quatro cantos de Rio Preto, chegam a vender 500 cachorros quentes por noite, prova do sucesso do lanche.

Por conta da praticidade, rapidez e baixo preço, o cachorro quente acabou se tornando uma das comidas de rua mais consumidas de Rio Preto e já ganhou destaque nacional por conta de suas peculiaridades no que diz respeito aos ingredientes. O tradicional leva carne moída com molho de tomate ou então frango desfiado. O restante pode ser adicionado a gosto do cliente.
Carne e frango desfiados são incomuns em outras cidades e estados (Foto: Natália Clementin / G1)Carne e frango desfiados são incomuns em outras
cidades e estados (Foto: Natália Clementin / G1)
O proprietário de um dos carrinhos mais famosos da cidade, Reinaldo Cesar Giovanni, está há 12 anos no mesmo local, que fica no centro. Ele não se lembra de quando os rio-pretenses resolveram colocar carnes nos lanches, mas sabe que o costume é antigo. “Quando eu era criança, eu já comia o cachorro quente com frango ou carne. Mas isso só aqui, nunca vi em outro lugar”, comentou.
Segundo ele, são vendidos em seu carrinho cerca de 250 hot dogs todos os dias durante a semana. Aos fins de semana esse número dobra. “Ficamos abertos até às 5h. Aqui vem deste famílias inteiras, até o pessoal que sai das baladas e quer comer alguma coisa. Quem é de fora sempre estranha os sabores, mas acaba experimentando e gostando”, disse.
Tatiane Versiane (Foto: Natália Clementin / G1)Mineira, Tatiane adorou o lanche rio-pretense
(Foto: Natália Clementin / G1)
Tatiane Versiani é de Minas Gerais e estranhou o cachorro quente rio-pretense. Na cidade onde morava, Unaí, a iguaria é feita apenas com salsicha, molho de tomate e mussarela. “Chegamos em Rio Preto e encontramos um cachorro quente personalizado. O que mais me chamou atenção foi colocar carne ou frango nele. Foi muito estranho, mas aprendemos a gostar desse cachorro quente e hoje é algo que conto e levo meus amigos de fora para comê-lo”, contou.
O cachorro quente rio-pretense custa em torno de R$ 3, com carne ou frango. Em diversos lugares, é possível montar o lanche a seu gosto e acrescentar ingredientes como catupiry, cheddar, bacon, presunto, queijo, ovo e até salada. O consumidor paga de R$ 0,70 a R$ 2 por adição. Em outros lugares, o sanduíche vem pronto e paga-se por diferentes combinações, que podem chegar a R$ 9,50.
Em um dos pontos mais tradicionais de Rio Preto, no centro da cidade ao lado do Fórum Municipal, há 20 anos o cachorro quente é feito com salada. É possível adicionar tomate, alface, cebola e diversos outros ingredientes. No local, cerca de 500 hot dogs são vendidos por dia. É possível também ligar e agilizar o atendimento, fazendo o pedido por telefone e depois, retirando no local. Lá, o cachorro quente custa R$ 3,50 e paga-se por ingrediente adicional.
Por conta do preço acessível e a rapidez com que é feito, o cachorro-quente também é opção principal em frente a faculdades da cidade. O comerciante Alan Cleber de Paula Silva, é proprietário de um carrinho deste tipo e vende cerca de 50 hot dogs por dia. Nos recheios, carne frango, presunto e bacon. É possível pedir também o “especial”, que leva um pouco de tudo. “Acho que a saída dos cachorros quentes é ótima. Apostei em um negócio que sabia que daria certo aqui, porque sempre ouvi que o cachorro quente de Rio Preto era referencia”, contou.
Cachorro quente rio-pretense também ganha personalizações (Foto: Natália Clementin / G1)Cachorro quente rio-pretense também ganha personalizações (Foto: Natália Clementin / G1)
Você sabe como surgiu esse sanduíche?
O Conselho Nacional do Cachorro-Quente e da Salsicha, uma associação americana, conta que o popular hot dog teria surgido em 1904, no sul dos Estados Unidos. A associação com a palavra "cachorro" foi por que o formato da salsicha lembra o cãozinho da raça dachsund.
Uma das versões mais conhecidas para o surgimento do cachorro quente diz que um vendedor de salsichas emprestava luvas brancas aos clientes para não queimarem as mãos. Como a maioria das luvas não era devolvida, o vendedor pediu ajuda ao cunhado padeiro. Foi então que surgiu a ideia de colocar a salsicha dentro do pão. Nascia o cachorro-quente, tradução literal do hot dog em inglês.

Pelo Brasil

Não é só em Rio Preto que o cachorro quente é inusitado. Os sabores são diversos. Em São Paulo, o tradicional leva purê de batata e é turbinado com requeijão. No Rio de Janeiro, o toque fica por conta do ovo de codorna e da uva passa. Já no Pará, a salsicha é substituída por picadinho de carne. Em Santos, vinagrete, ovo e milho verde somam no sabor. Em Blumenau, o chucrute acrescenta uma pitada germânica à receita.

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