MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 14 de março de 2012

Brasil pode estar entre 5 maiores destinos até 2022, diz Gastão Vieira


Fluxo anual de turistas estrangeiros está estacionado em torno de 5 milhões.
Plano em discussão no governo prevê meta de 7,1 milhões até 2015.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo
Gastao Vieira participou de evento com os ministros do Chile, México e Argentina (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Gastao Vieira participou de evento com ministros
do Chile, México e Argentina
(Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O ministro do Turismo, Gastão Vieira, afirmou nesta terça-feira (13) que o Brasil tem condições de ser um dos cinco principais destinos turísticos do mundo até 2022.

Embora o Plano Nacional de Turismo, com as metas para os próximos anos, ainda esteja sendo discutido pelo governo federal, o ministro diz que o potencial econômico do país e o calendário de eventos internacionais permitem que a ambição se torne realidade.

“Não é um sonho. Temos todas as condições para realmente sermos um dos cinco maiores destinos até 2022”, disse Vieira, em entrevista, após participar de debate com outros ministros de turismo da América Latina, em evento do Panrotas, em São Paulo. "O mundo todo está olhando para esta jovem nação", acrescentou.

O número de turistas internacionais que o Brasil recebe por ano está há mais de uma década estacionado em torno de 5 milhões de estrangeiros, o que coloca o Brasil atrás, por exemplo, da Argentina, que em 2011 recebeu 5,7 milhões de estrangeiros.
Em 2010, o Brasil recebeu 5,2 milhões de turistas internacionais. Os dados fechados de 2011 ainda não foram divulgados mas, segundo o ministério, o número de chegadas internacionais foi recorde, em torno de 5,4 milhões. Para 2015, o plano nacional em discussão no governo projeta um fluxo de 7,1 milhões.
México recebeu 22,4 milhões de turistas em 2011
Para efeitos de comparação, o México recebeu 22,4 milhões de turistas no ano passado, o que colocou o país na 10a posição no ranking mundial. “Temos uma meta ambiciosa, de estar entre os cinco primeiros até 2018, chegando a 50 milhões de turistas”, disse a ministra mexicana, Gloria Guevara, durante o evento.

Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, a França liderou o ranking mundial em 2011 com um total de 76,8 milhões de turistas estrangeiros, seguida por Estados Unidos (54,9 milhões), China (55,7), Espanha (52,7) e Itália (43,2).

Questionado se a ambição brasileira para 2022 não seria exagerada, Vieira reafirmou que o país tem “condições totais” de atingir tal patamar.

“Temos só que trabalhar muito”, disse o ministro. “E possível imaginar atingir essa meta, até um dos cinco maiores destinos do mundo”, acrescentou, ressaltando que as metas oficiais para o turismo brasileiro só deverão ser anunciadas daqui cerca de 60 dias, quando for apresentado o Plano Nacional de Turismo.

Estratégias
Entre as estratégias para elevar a competitividade do país e aumentar o fluxo de turistas estrangeiros, Vieira defendeu a desoneração do setor, a busca de novos mercados, principalmente turistas dos países do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a remoção de obstáculos burocráticos para uma maior integração com o turismo dos países vizinhos.

“50% dos turistas que vêm ao país são da região sul-americana. A ideia é que a gente possa ampliar as ações feitas nestes próprios países. É absolutamente prioritário para nós um olhar para os nossos vizinhos, principalmente pelos grandes eventos e pela mesma paixão pela Copa do Mundo e pelos grandes eventos esportivos”, disse.
"A estratégia é criar condições para que os turistas estrangeiros gastem mais aqui e mostrar o potencial do Brasil, atraindo visitantes tanto para as cidades históricas, como para o turismo de aventura, para a Amazônia e para o turismo de sol e mar", complementou.
Atualmente, os gastos dos brasileiros no exterior correspondem a mais do que o dobro dos  gastos dos turistas estrangeiros no país, que em 2011 somaram US$ 6,7 bilhões. O plano do governo trabalha com a meta de receita cambial de US$ 10 bilhões com o turismo internacional até 2015.
Os ministros do Turismo de Chile e Argentina defenderam uma agenda de trabalho em conjunto na América do Sul de forma a fazer do turismo multidestino a alavanca para o crescimento do número de turistas internacionais na região. "Seremos todos beneficiados por essa promoção conjunta", destacou o chileno Pablo Longueira.

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