MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 16 de março de 2012

Argentina propõe cota para entrada de carne suína do Brasil


Ministros discutiram restrições às importações da carne suína brasileira.
Proposta prevê cota média de 3 mil toneladas por mês, segundo ministério.

Do G1, com Reuters
A proposta argentina para encerrar um entrave às importações de carnes suínas do Brasil prevê o estabelecimento de uma cota que limitaria o acesso do produto brasileiro, considerando o volume médio embarcado no ano anterior.
Os ministros da Agricultura do Brasil, Mendes Ribeiro Filho, e da Argentina, Norberto Yahuar, reuniram-se nesta sexta-feira em Buenos Aires para discutir o tema. Segundo o Ministério da Agricultura, Yahuar propôs o estabelecimento de uma cota média de 3 mil toneladas por mês para a importação da carne suína brasileira.
"O ministro argentino explicou que essa medida evitaria a incidência de 'picos' de importação, que prejudicam a economia do país. Norberto Yahuar disse, ainda, que esse acordo em torno de cotas despreocuparia a indústria de embutidos e reduziria a pressão inflacionária", informou o ministério, em nota.
Segundo o governo brasileiro, o encontro foi extremamente positivo e o entrave à carne suína brasileira está próximo do fim. “Com essa visita, abrimos um canal de diálogo muito importante com o governo argentino. Acredito que, a partir de agora, as questões se resolverão com mais rapidez”, disse Ribeiro Filho.
A cota sugerida ficaria abaixo do volume médio embarcado para o mercado argentino em 2011, de 3,5 mil toneladas, com base em dados compilados pela Abipecs, associação que reúne indústria de carne suína do Brasil.
Apenas em dois meses do ano passado - junho e julho - o volume embarcado ficou abaixo das três mil toneladas. Em dezembro do ano passado, o Brasil chegou a vender quase 4,5 mil toneladas para o país vizinho, no maior volume do ano.
A Argentina suspendeu a emissão de guias de importação para o produto, dificultando a entrada da carne brasileira, segundo a indústria. Em janeiro, antes da medida, o Brasil exportou 4,3 mil toneladas para o país vizinho. Em fevereiro, os embarques despencaram para 478 toneladas.
Esse sistema de licenças de importação antecipadas foi adotado pela Argentina para conter a saída de dólares do país e proteger a balança comercial, medida que irritou o governo brasileiro.
O aumento das importações de carne do Brasil gerou fortes protestos na Argentina, uma vez que os criadores argentinos alegavam que o produto brasileiro estavam prejudicando o setor no país vizinho.
O mercado argentino respondeu por 9% das exportações brasileiras de carne suína em 2011.
Segundo a nota do ministério da Agricultura, 75% da carne suína importada pela Argentina vêm do Brasil e 15% do Chile.

Nenhum comentário:

Postar um comentário