A estiagem reduziu a produtividade das lavouras do Rio Grande do Sul.
Os engenheiros vão atestar as perdas no plantio de soja.
Em uma lavoura de Augusto Pestana, no noroeste do Rio Grande do Sul, o técnico confirma que, por causa da seca, a produtividade não vai passar de dez sacas por hectare. A previsão era de 50 sacas por hectare.
A perda de 80% não justifica a colheita, segundo Luís Fernando Oliveira, agrônomo da Emater. “Nós temos ainda que aplicar as perdas por umidade e as perdas na colheita, que sempre ocorrem. Então, aqui é uma lavoura que não justifica a colheita”.
Na regional de Juí, também no noroeste, o trabalho foi reforçado por 16 profissionais da região sul e centro do estado. Nessa fase, os focos são as áreas de soja.
No primeiro dia, os engenheiros aprimoraram técnicas de avaliação. “Os colegas estão recebendo algumas informações mais técnicas de avaliação real do rendimento destas lavouras de soja. A partir daí, eles vão elaborar os laudos que serão entregues às agências bancárias”, explica Volnei Righi, agrônomo da Emater.
A região noroeste do Rio Grande do Sul é a que mais produz grãos e a que mais sofreu com a estiagem. No plantio de soja, a quebra estimada até agora chega a 58%, a maior do estado. Os prejuízos podem aumentar ao longo da colheita, o que deve puxar os pedidos de seguros.
“Enquanto a soja não estiver no período de colheita, você não tem a segurança de dizer quanto que aquela lavoura vai produzir. Porque o grão não está completamente formado, pode acontecer outro sinistro nesse meio tempo, pode se agravar a estiagem. Tem que ser a partir do momento em que o grão está completamente formado para ter segurança na estimativa da produção”, diz Auria Schröder, agrônoma da Emater.
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