MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 21 de março de 2012

Agricultores protestam contra más condições de trabalho no campo


Manifestação reuniu trabalhadores rurais de vários estados em Brasília.
Entre as reivindicações está o combate à informalidade no meio rural.

Do Globo Rural
Em marcha os manifestantes ligados à Contag, Confederação Nacional de Trabalhadores da Agricultura, ocuparam duas faixas da Esplanada dos Ministérios. Eles querem melhores condições de trabalho no campo.
Segundo a Contag, quase 65% dos trabalhadores rurais vivem na informalidade. “A gente vê o tempo inteiro a divulgação de que o agronegócio tem crescido e que o país está desenvolvendo e crescendo. Nós não podemos ter um crescimento no país a custas do trabalho escravo, trabalho informal sem garantia dos direitos, e não podemos ter trabalhador morrendo contaminado por agrotóxico”, diz Antônio Lucas Filho, diretor de Política Agrária da Contag.
Cerca de dois mil trabalhadores se concentraram em frente ao Ministério do Trabalho para pedir a aprovação da PEC-438, proposta de emenda à Constituição que prevê o confisco sem direito a indenização das terras onde houver trabalho escravo. A PEC foi aprovada no Senado em 2001, mas está parada na Câmara dos Deputados. O texto chegou a ser aprovado em primeiro turno, mas deve passar por outra votação no plenário. Como foram feitas modificações, a PEC deve voltar ao Senado para ser reanalisada.
Há um mês a Contag enviou ao governo uma lista com várias reivindicações. Entre elas está a urgência na aprovação da PEC. Na tarde da terça-feira (20), no Palácio do Planalto, uma comissão de trabalhadores se reuniu com os ministros da secretaria geral da Presidência da República Gilberto Carvalho e com o ministro do Desenvolvimento Agrário Pepe Vargas.
“A resposta que nós obtivemos foi um compromisso do governo de nos responder essa pauta nós próximos dias. Portanto as negociações continuam”, diz Alberto Broch, presidente da Contag.
As negociações devem ser retomadas em abril. Os trabalhadores rurais pedem a criação de um seguro desemprego para quem for dispensado durante a entressafra, jornada de trabalho de 40 horas semanais e o combate à informalidade no meio rural.

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