MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 15 de março de 2012

Agricultores de GO vão à Justiça para garantir terra invadida há 15 anos


Trabalhadores rurais afirmam ter documento de posse do terreno.
PM deve se reunir com famílias para que saída do local seja pacífica.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Em Santa Cruz de Goiás, município com 3.142 habitantes no sudeste do estado e a 112 km da capital, um grupo de aproximadamente 100 pessoas vai entrar na Justiça para tentar assegurar o direito à terra onde vivem há 15 anos.
A fazenda ocupada por essas famílias tem mais de 1.200 hectares. Eles invadiram a propriedade há quase 15 anos, quando o terreno ainda pertencia ao governo de Goiás. Agora, a área foi repassada a uma empresa como pagamento de uma dívida, e os moradores foram despejados pela Justiça e estão desesperados.
Muitas famílias moram no local há mais de dez anos. Eles alegam que construíram casas, criaram os filhos, tiram o sustento da própria terra e não têm mais um lugar para viver. A trabalhadora rural Maria de Fátima Alves dos Santos diz que se sente humilhada. “Hoje nós temos que sair igual a uma cachorra de um lugar que nós pensávamos que iríamos comprar”, diz.
Os trabalhadores rurais reconhecem que a área é invadida, mas lembram que já tentaram legalizar a situação quando o terreno ainda pertencia ao estado. A agricultora Marta Moreira dos Santos afirma que a comunidade chegou a pagar a medição do terreno para a Agência Rural. “Temos documento comprovando tudinho. Eles disseram que iriam vir. Que esse documento iria demorar, mas iria sair para nós e estamos aqui esperando”.
A ordem de desocupação da área foi expedida em fevereiro e expirou na semana passada. Como os trabalhadores não saíram, a Polícia Militar (PM) já foi acionada. O comando da PM na região informou que vai se reunir com os moradores para tentar convencê-los a sair de forma pacífica, sem a necessidade do uso da força.
A empresa dona da área já se propôs a vender a fazenda por R$ 3 milhões, mas os trabalhadores dizem que não têm condições de comprar. Os trabalhadores estão tentando suspender a decisão. O principal argumento são os documentos que comprovariam a posse da terra. O trabalhador rural Lercil Miotti garante que pretende lutar até o fim. “Se eles quiserem no tirar daqui, vão ter de nos arrastar”.

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