MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Salário de policiais não deve ser discutido na Câmara, diz Marco Maia


Presidente da Câmara diz que greve na BA não tem ligação com a PEC 300.
'Nós não podemos trazer de forma nenhuma esse debate ao Congresso'.

Iara Lemos Do G1, em Brasília
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O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou na tarde desta segunda-feira (6) que a greve dos policiais militares na Bahia não servirá de pressão para que a Câmara dos Deputados vote a "PEC 300",  como é conhecida a proposta de emenda à Constituição que cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros.
A proposta está em tramitação na Casa há mais de três anos, mas o governo teme que, caso ela seja aprovada, os estados e municípios não consigam arcar com a despesa extra e a repassem para o Executivo federal.
A polícia da Bahia está em greve desde a noite da última terça-feira (31). Das 21h de terça (31) até as 4h49 desta segunda, foram registrados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) 89 homicídios.
"Eu acho que uma coisa não tem nada a ver com a outra [greve e votação da PEC 300]. O tema da remuneração dos servidores públicos estaduais precisa ser discutido nos estados. Os estados são o lugar onde devem ser debatidos e discutidos a remuneração dos servidores públicos estaduais sejam eles públicos, estaduais, municipais. Nós não podemos trazer de forma nenhuma esse debate ao Congresso Nacional", disse o presidente do Congresso.
Ao G1, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo também rechaçou a influência do movimento sobre a votação da PEC 300.
"Se alguém acha que, através de expedientes de tirar a tranqüilidade da população vai conseguir fazer com que o Congresso Nacional se curve, que as instituições se curvem, está muito enganado. O Brasil é um país que tem uma institucionalidade forte. Não dá para acreditar que pessoas com base na delinquência vençam o estado brasileiro", afirmou o ministro da Justiça.
'Movimento legítimo'
Maia ainda considerou como "legítimo" o movimento, mas afirmou que abusos precisam ser coibidos. O presidente da Câmara criticou a invasão da Assembleia Legislativa.
"Minha avaliação é como movimento legítimo, precisa ser respeitado. Agora os abusos precisam ser coibidos. Não é razoável que haja ocupação da Assembleia Legislativa, que haja vandalismo, que haja qualquer medida que não dialogue com a realidade democrática que nós vamos ter no Brasil hoje. O Brasil é um país democrático, que dá condições a todos de lutarem por suas demandas, por suas reivindicações, sem que haja violência, sem que haja truculência, sem que haja nenhum tipo de vandalismo que prejudique a população".

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