MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Primeiro SUV da Maserati será feito em Detroit, diz CEO do grupo Fiat


Sérgio Marchionne confirma ainda Alfa Romeo e 500 elétrico nos EUA.
‘É preciso manter a disciplina e evitar a arrogância’, provoca o italiano.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em Las Vegas (EUA) - a jornalista viajou a convite da Fenabrave

A retomada do mercado norte-americano de veículos, confirmada em 2011, faz com que montadoras comecem a mostrar o que têm por baixo da manga. É exatamente o que fez o CEO e chairman dos grupos Fiat e Chrysler, Sérgio Marchionne, ao anunciar durante a cerimônia de abertura do Congresso da NADA neste sábado (4), em Las Vegas (Estados Unidos), a escolha de Detroit para produzir o primeiro utilitário esportivo da marca de luxo Maserati.
O protótipo do carro, mostrado no Salão de Frankfurt de 2011, chama-se Kubang - inspiração do bem-sucedido concorrente Porsche Cayenne.
Outra linha que entra em operação nos EUA é a do Dodge Dart, em Belvidere. Marchionne ressaltou ainda a volta da marca Premium Alfa Romeo ao país neste ano e o lançamento do 500 elétrico.
Com a crise na Europa, a retomada dos empregos nos EUA acontece em boa hora. Por isso, o italiano aposta tanto na economia norte-americana e elogia o governo Obama em estado republicano, Nevada. Os EUA são a estrada de tijolos de ouro para a expansão do grupo Fiat e, mais especificamente, da marca Fiat, que tenta pegar carona na cauda da Chrysler, hoje sob a administração da italiana (que pegou a empresa em frangalhos e a preparou para decolar no momento mais propício diante do incerto mercado europeu).
Sergio Marchionne durante discurso no congresso da NADA, em Las Vegas. (Foto: Priscila Dal Poggetto / G1)Sergio Marchionne durante discurso no congresso da NADA, em Las Vegas. (Foto: Priscila Dal Poggetto / G1)
‘Evitar a arrogância’
Mesmo que seu discurso no congresso voltado para concessionários seja cheio de afagos, justamente para atrair a simpatia da distribuição para investir na marca Fiat - Marchionne citou no discurso frases de Ernest Hemingway e Martin Luther King -, o polêmico executivo italiano soltou no meio de sua apresentação o seguinte recado: “É um doloroso exercício, mas a reestruturação é fundamental para o processo de renascimento da indústria americana. Mas é preciso manter a disciplina e evitar a arrogância e a tentação de tomar as atitudes que quase levaram à destruição desta indústria”.
O claro recado foi recebido com palmas pelos concessionários, talvez conscientes de que o erro pode se repetir se a postura não for mudada. “É fundamental para o futuro da indústria e da rede de distribuição a satisfação do cliente”, ressalta Marchionne sobre o poder de escolha dos consumidores, especialmente com a rápida divulgação pela internet.
500 elétrico
O CEO do grupo Fiat diz que a meta da companhia é antecipar as especificações de redução de consumo de combustível até 2025, estabelecida pelo governo Barack Obama. Entre as metas está o supcompacto 500, que ganhará versão elétrica em breve. O carro, uma das apostas da Fiat nos EUA, não teve a aceitação esperada por aqui e ficou com vendas 70% abaixo do previsto.

Alfa Romeo também volta para o Brasil
A promessa de os EUA receberem novamente a marca em 2012 será cumprida. A notícia havia sido dada em 2010 pelo CEO. Se seguir à risca o discurso de dois anos atrás, a marca Premium também desembarca no mercado brasileiro este ano. Durante visita ao Brasil em setembro daquele ano, Sergio Marchionne revelou que a marca de luxo chegaria ao mercado brasileiro quando ela voltasse à América do Norte. Isso porque o Brasil entra na estratégia de fortalecimento em mercados emergentes, assim como na América Latina.
Em conversa concedida ao G1 durante o Salão de Paris de 2010, um executivo da Alfa confirmou ainda o carro que chegaria aos dois mercados, primeiramente: a nova geração do sedã 159. Como se trata de um nicho do mercado de luxo, talvez nem a alta do IPI sobre produtos importados e as discussões entre México e Mercosul prejudiquem a estratégia para o fortalecido Brasil.
Chrysler
Entusiasmado com o lançamento do Dodge Dart em Detroit, em janeiro, o executivo italiano mostrou os números de fechamento de 2012 do grupo Chrysler, que viu as vendas subirem 26% em 2010, com mais de 2 milhões de carros vendidos em todo o mundo. Assim, as vendas no varejo subiram 43% de um ano para o outro. Números que Marchionne carrega em sua valise e o faz sorrir ao ensinar os norte-americanos a direcionar o negócio de carros.

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