MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Primeiras impressões: Dafra Roadwin 250R


Modelo coreano chega por R$ 12.490, apostando no preço para bater rivais.
Concorrentes, no entanto, têm motores mais potentes.

Gerson Campos Especial para o G1
O segmento de motos "esportivas de entrada” ganhou mais uma integrante. Já vendida nas concessionárias Dafra desde janeiro, a Roadwin 250R foi apresentada oficialmente na última quarta-feira (8), tendo como principal apelo o preço, cerca de 20% inferior ao das rivais Kawasaki Ninja 250R e Kasinski Comet GT 250 R.
dafra roadwin 250 moto (Foto: Divulgação)Dafra Roadwin 250 é importada da Coreia do Sul e montada no Brasil (Foto: Divulgação)

O modelo da Dafra é R$ 2.500 mais barato que o da Kasinski, que custa R$ 14.990, e R$ 3.050 mais em conta que a Kawasaki, vendida por R$ 15.540. Em contrapartida, as rivais trazem motores bicilíndricos com potência superior (33 cavalos na Ninja e 32 cv na Comet) em relação ao monocilíndrico de 24 cv da Dafra.
Mesmo assim, a marca aposta alto na novidade: espera obter 30% de participação nesse mercado, que, segundo a empresa, deve atingir 1 mil unidades vendidas mensalmente. Em janeiro, a Kawasaki vendeu 324 Ninja e a Kasinski comercializou 304 exemplares da Comet. A Dafra ainda não tem os dados referentes aos exemplares da Roadwin vendidos no mês passado.
tabela concorrentes dafra roadwin (Foto: Arte G1)
Esportiva para iniciantes
O G1 experimentou o lançamento da Dafra em um circuito fechado em Indaiatuba, cidade do interior paulista a 79 km da capital. Importada da Coreia e montada no Brasil por meio do processo conhecido como CKD (Completely Knocked-Down, ou desmontada completamente), a Roadwin é resultado de um acordo entre a coreana Daelim, também parceira da Hyundai, e a Dafra.
Há algumas diferenças em relação ao modelo vendido em outros países (alguns do exigente mercado europeu, como Espanha e Portugal). A parte traseira foi totalmente modificada. De acordo com a engenharia da marca, a ideia era oferecer um visual mais agressivo. Componentes como freios e suspensão, além da injeção eletrônica, também foram adaptados. Peças como piscas, rolamentos, pneus, pastilhas de freio, corrente, coroa e pinhão são compradas de fornecedores brasileiros.
dafra next 250 (Foto: Divulgação)Traseira da versão para o Brasil é diferente do modelo para outros países (Foto: Divulgação)
Logo ao assumir o comando da motocicleta já é possível perceber que, apesar do apelo esportivo, a Roadwin tem uma posição de pilotagem cômoda. “A moto é esportiva, mas é voltada ao conforto”, explica Creso Franco, presidente da Dafra. É possível pilotar tranquilamente sem inclinar a coluna ou flexionar demais as pernas, como acontece nas esportivas de maior cilindrada.
Durante o trajeto foi possível perceber que o motor de 24 cv de potência a 9.000 rpm e 1,9 kgfm de torque a 7.000 rpm responde bem aos comandos e retoma com competência em subidas, mas não traz a “pegada” esportiva encontrada, por exemplo, no bicilíndrico da Ninja 250R. O ronco é discreto, mas diferenciado (mais grave) em relação a modelos de 250 cm³ sem apelo esportivo. Como acontece nas rivais, é muito visual para pouca potência.
Pedaleiras raspando
Como a avaliação foi realizada em um autódromo, um dos objetivos era andar rápido para verificar o comportamento da Roadwin em frenagens e contornos de curva.
Dafra Roadwin 250 R (Foto: Divulgação)Freios têm bom "tato" (Foto: Divulgação)
No primeiro quesito, poucas ressalvas. Os freios são condizentes com a proposta do lançamento e têm bom "tato", ou seja, são progressivos e não assustam, atuando de uma hora para outra. A suspensão tem bom acerto para pisos de boa qualidade e transmite confiança. Só faltou o acesso a uma superfície irregular para avaliar como ela se sairia em estradas e ruas mal conservadas. Ainda assim, a impressão é de que o modelo cumpriria bem a tarefa.
O ponto negativo em uma condução esportiva são as pedaleiras e o cavalete central da Roadwin, que raspam com facilidade quando se inclina bastante nas curvas. É preciso ficar atento para não se assustar (as pedaleiras são feitas para isso e têm raspadores na parte inferior) e, em casos mais extremos, até mesmo sofrer um acidente.
Para quem vai de passageiro, o banco com tecido de maior aderência ajuda a evitar deslocamentos em frenagens e acelerações, mas o espaço é pequeno e desconfortável.
Bom acabamento
As cores escolhidas pela Dafra para a Roadwin são típicas de esportivas: branca e vermelha. Em ambas, o adesivo que contorna a roda vem de série – esse item é outro "herdado" das esportivas de maior cilindrada.
dafra roadwin 250 (Foto: Divulgação)Painel e comandos de faróis e ignição são simples demais (Foto: Divulgação)
Uma boa olhada nos detalhes revela como a montagem é bem feita. Não há ressalvas em relação a itens como encaixes de carenagens, farol, lanterna e manetes. No entanto, o painel de instrumentos e os comandos de faróis e ignição são simples demais. A mesa segue a mesma linha. Falta algum tipo de “graça” para ajudar na hora de impressionar um potencial cliente.
Nos próximos meses, a Roadwin ganhará uma concorrente forte: a Honda CBR 250R, da líder de vendas Honda, que chegará para a briga das esportivas para iniciantes.
dafra roadwin 250 moto (Foto: Divulgação)Pedaleiras raspam com inclinação nas curvas: cuidado para não se assustar (Foto: Divulgação)

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