Ponte Rio Negro pode virar rota de tráfico de drogas, diz Polícia Federal

Polícia deverá realizar blitzes para combater tráfico de drogas na ponte.
168 kg de cocaína, vindos pelo rio Solimões, foram apreendidos na quinta.

Girlene Medeiros Do G1 AM

Polícia apreendeu 168 kg de cocaína nesta quinta-feira (03) (Foto: Divulgação/PF)

A Ponte Rio Negro pode virar caminho para rota de tráfico. As informação é do superintendente da Polícia Federal do Amazonas, delegado Sérgio Fontes. Segundo ele, o fácil acesso a Manaus abriu uma via alternativa para as organizações de traficantes e a Polícia Federal (PF) realizará blitzes para combater a prática.
"A ponte pode representar uma rota nova. Um caminho que permite aos traficantes trazerem pequenas quantidades de drogas. Há uma maior facilidade para chegar a Manaus. Isso já era de se esperar. Estamos nos preparando para efetivar o combate no local. Uma rota alternativa à principal que é feita pelo rio Solimões", afirmou Fontes.
De acordo com o superintendente, o bloqueio dos rios Solimões e Negro é a prioridade da PF/AM, em 2012, para combater o tráfico internacional. "As organizações criminosas de narcotráfico mudam de rota e a gente tem que se adaptar a essa mudança", explicou ao G1.
Os 168 quilos de cocaína apreendidos, na noite desta quinta-feira (03), no Lago Janauacá, município de Careiro Castanho, a 102 Km de Manaus, serviu como alerta para a presença de rotas de tráficos que chegam até o Amazonas. "Os 168 quilos de cocaína vieram do Peru. Na fronteira, há uma grande quantidade de plantações de cocaína. Essa foi mais uma preocupação. Apreender mais de 150 quilos de cocaína é uma vitória sim, mas a nossa principal meta é não deixar que haja essa rota de tráfico para o Brasil", ressaltou.
O superintendente afirmou que a Polícia Federal já acompanhava a suspeita de tráfico há quase vinte dias. Ainda, segundo ele, o homem preso, de 51 anos, envolvido no tráfico, faz parte de uma quadrilha que não é nova para a polícia.  "Apreendemos dez quilos de cocaína e o suspeito nos levou a mais 158 quilos da droga que estavam sendo enterrados em um sítio, no lago Janauacá. Eles acumulavam grande quantidade de drogas e ficavam trazendo, aos poucos, para Manaus. Precisamos de provas mas, de início, podemos afirmar que trata-se de um caso de tráfico internacional", destacou.
De acordo com Sérgio Fontes, a PF continuará investigando o caso. "Espero que nos próximos dias consigamos realizar mais prisões de envolvidos nesse caso", avaliou o superintendente ao explicar que não podia dar mais detalhes sobre os identificados para não comprometer as investigações policiais.