Categoria se reúne em Salvador para definir rumos da paralisação.
Movimento grevista completa 12 dias neste sábado (11).
Desde o dia 31 de janeiro, quando a paralisação no estado começou, o movimento se estendeu para cidades no interior do estado. Em todas as regiões, houve mudanças na rotina dos moradores, com o fechamento de escolas, universidades, fóruns e outros órgãos públicos.
Clima ameno
Nesta manhã de sábado, baianos e turistas que circularam pelas ruas da capital encontraram rotina normal nos serviços públicos e no comércio. O movimento nas praias é considerado normal. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia divulgou balanço com registro de 12 homicídios na sexta-feira (10), em Salvador e região metropolitana. Entre a madrugada e a manhã deste sábado, ocorreram dois assassinatos.
Mesmo com parte da corporação insistindo em manter as atividades paralisadas, a rotina de moradores e turistas em Salvador volta à normalidade. O cenário nas ruas neste sábado é de movimentação intensa, comércio aberto e praias cheias, bem diferente do que ocorreu no final de semana passado. A volta ao clima de tranquilidade começou após a desocupação do prédio da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, e com a prisão dos homens apontados como líderes do movimento.
Praia movimentada em Salvador neste sábado
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
As lojas abriram normalmente na manhã deste sábado, na Avenida Sete, principal centro comercial de rua em Salvador. Viaturas da Polícia Militar e homens do Exército atuaram na segurança. No Centro Histórico, turistas circulavam tranquilamente e trabalhadores encerram os últimos reparos na estrutura do carnaval, que vai começar na quinta-feira (16). Na Liberdade, um dos bairros mais populosos de Salvador, o comércio abriu e foi mantida a grande movimentação das compras típicas dos sábados. A praia da Barra, um dos principais cartões-postais da capital, ficou lotada durante toda a manhã.(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Movimento
Terminou no início da noite de sexta-feira a reunião realizada pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), na Bahia. Durante encontro, PMs decidiram que a greve continua. A reunião aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários, no bairro dos Aflitos, em Salvador. Cerca de 300 homens participaram da assembleia. No início da noite, representantes saíram cantando que a greve da Bahia continua.
Já o coronel Alfredo Castro disse que, para o Comando da Polícia Militar, a greve já não existe mais. "Tudo tem começo, meio e fim. Na minha ótica, o fim da greve está decretado. Existe uma pequena minoria que resiste à convocação do comando da PM", disse em entrevista coletiva.
A greve da PM começou no dia 31 de janeiro, após decisão de integrantes da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). O presidente da entidade e ex-policial militar Marco Prisco foi preso na quinta-feira (9), durante desocupação do prédio da Assembleia Legislativa da Bahia.
Carnaval
Durante entrevista na sexta-feira, o coronel da PM Alfredo Castro disse que o planejamento de segurança para o carnaval, que começa na quinta-feira (16), está preparado.
"Estamos passando por um momento de transição, o Exército fica no reforço do policiamento até essa transição acabar. O planejamento para o carnaval está mantido. Esse plano é feito sempre após o carnaval do ano anterior. Teremos o reforço de cerca de 3.200 policiais militares de cidades do interior. Serão deslocadas tropas como o Choque e unidades especializadas, como a Caatinga. O policiamento está garantido", afirmou.
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