Pesquisa sobre gado Brahman atrai atenção internacional para Uberlândia

Jornalistas estrangeiros estiveram na cidade para acompanhar o projeto.
Estudo visa o melhoramento genético da raça e acontece desde setembro.

Do G1 Triângulo Mineiro

Estudo do Brahman atrai pesquisadores para
Uberlândia (Foto: Reprodução/TV Integração)

O estudo para melhoramento do gado Brahman, realizado desde setembro de 2011 em Uberlândia para fazer a evolução da raça através de manejo no pasto e trabalho genético, tem atraído cada vez mais admiradores para a cidade.
O projeto, que atualmente avalia 12 fazendas em todo o país, tem prova de ganho de peso de 294 dias e deve acabar em agosto deste ano, quando será apresentado. A pesquisa tem repercutido também em âmbito internacional e atraiu jornalistas especializados no assunto do Panamá e da Costa Rica.
No projeto, o gado é criado em um pasto 100% avaliado. O pastejo é rotacionado em piquetes de cerca de cinco hectares e os animais são observados e avaliados criteriosamente. A padronização morfológica é a etapa inicial do processo e está relacionada à compra de matrizes e acasalamento. O próximo passo é a seleção onde é feito uma análise de fertilidade e estruturação genética do gado.
Segundo o veterinário Thiago Camargo, vários quesitos são levados em consideração. “Além do ganho de peso analisamos a parte de adaptação do animal ao clima, o temperamento, marcadores moleculares, avaliação de carcaça, resistência a parasitas, entre outros”, disse.
De acordo com a jornalista Karina Santiago, é impressionante como o trabalho é grande e extenso. Ela ressaltou, ainda, o quanto é importante a troca de experiências com os responsáveis pelo projeto.
A diretora da revista panamenha sobre agropecuária, Ecos del Agro, Blanca Gomez, afirmou que o mercado internacional está crescendo e é importante que os países troquem experiências. Ela disse, ainda, que no meio do ano o país receberá um encontro mundial de criadores da raça.
Já para o gerente da Uberbrahman, Emílio Pubel, a genética não tem fronteiras. “Tudo o que aprendemos temos que passar para outras pessoas. Esse é o grande foco”, comentou.