MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Número reduzido de médicos causa atraso em perícias do INSS no RS


Com 300 médicos peritos em todo o estado, espera pode chegar a 90 dias.
Associação dos Médicos Peritos do INSS diz que quadro deveria dobrar.

Do G1 RS, com informações da RBS TV

Os atrasos na marcação de perícias médicas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prejudicam os segurados. Em média, a espera por uma perícia chega a 66 dias em Porto Alegre, mas há pessoas que chegam a esperar até 90 dias para serem atendidos em várias cidades do estado. A cusa do problema é o número reduzido de médicos peritos no Rio Grande do Sul.
O pedreiro Romarci Dias sofreu um acidente de trabalho há seis meses e ainda faltam pelo mais duas cirurgias para completar o tratamento. Na queda de uma laje onde trabalhava, ele feriu a perna, o rosto e a cabeça. Depois de uma semana internado, foi pra casa se recuperar. E aí começava um novo calvário: a tentativa de receber o auxílio-doença. Foram dois meses de espera, sem salário. “É descontado todos os meses, mas quando a gente precisa de socorro, tem que correr atrás”, reclama.
Os atrasos na marcação de perícias do INSS são históricos. Nas agências do Rio Grande do Sul, a média de espera é de dois a três meses. Atualmente, mais de 156 mil trabalhadores recebem auxílio-doença no estado. Os médicos admitem que os segurados têm toda a razão em reclamar. Segundo a categoria, são 300 profissionais para atender todo o estado.
“Para se chegar a uma agenda de pelo menos 15 a 20 dias, que seria o correto para o trabalhador receber no mesmo mês, sem interrupção de salário, precisaria ter no mínimo o dobro, de 600 a 700 (médicos)”, afirma Clarissa Bassin, vice-presidente da Associação dos Médicos Peritos do INSS.
Procurado pela reportagem, o INSS em Porto Alegre não quis dar explicações. Por meio da assessoria em Brasília (DF), informou apenas que o concurso marcado para o próximo domingo (12) pretende selecionar 137 servidores para o Rio Grande do Sul. Com os novos profissionais, a previdência pretende agilizar as perícias.
Enquanto o quadro não muda, associações como a dos motoristas de ônibus, onde a maioria se aposenta por invalidez, fazem campanhas para ajudar trabalhadores que esperam por auxílio-doença. “Nós temos, inclusive, a arrecadação de alimentos de trabalhadores ativos e nos eventos que fizemos justamente para fornecer a essas pessoas que estão precisando”, conta o presidente da Associação Única dos Rodoviários Aposentados, Sérgio Vieira.

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