MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Multidão não se intimida com chuva e invade ruas do Recife no Galo


Pernambucanos ou turistas, todos curtiram o desfile do bloco, neste sábado.
Fantasias com as mais diversas inspirações foram vistas em todo o trajeto.

Vítor Tavares Do G1 PE

Nem o sol, que não apareceu com força, nem os pingos de chuva, que insistiram em cair, fizeram o pernambucano ficar em casa neste Sábado de Zé Pereira (18). O Galo da Madrugada tomou conta das ruas do centro do Recife, pedindo passagem sem se importar com a meteorologia. Não passava das 7h30 e os foliões, entre crianças e adultos, já começavam a chegar e reservar um lugar. O maior bloco do mundo contou com artistas como Alceu Valença, Banda Calypso, Jorge Vercilo, Fafá de Belém, André Rio, Almir Rouche e Elba Ramalho em cima dos trios elétricos. A multidão parecia não ter fim, nem vontade de parar de cantar as músicas. No fim da tarde, parecia que o bloco tinha acabado de começar.
Galo da Madrugada (Foto: Heudes Régis / JC Imagem / AE)A chuva não foi problema para quem quis brincar o Galo da Madrugada (Foto: Heudes Régis / JC Imagem / AE)
O desfile do Galo da Madrugada começou com o tradicional café da manhã, a partir das 7h, no Forte das Cinco Pontas. Em seguida, os carros alegóricos ganharam o corredor da folia, para, só depois, os trios invadirem o caminho do bloco, indo pela Rua Imperial, Avenida Sul, Praça Sérgio Loreto, Avenida Dantas Barreto e, finalmente, Avenida Guararapes. Sem cordão de isolamento, por todo canto se via todo tipo de gente: famílias inteiras, crianças, adultos e jovens. "Trago minha filha para brincar o Galo há cinco anos. Ela adora, vou trazer sempre", diz a foliã Alexandra Santos.
Dulce Silveira se vestiu de "Quenga de Lampião" (Foto: Vitor Tavares/G1)Dulce Silveira se vestiu de "Quenga de Lampião"
(Foto: Vitor Tavares/G1)
O Galo da Madrugada homenageou Luiz Gonzaga, que completaria 100 anos. As referências podiam ser vistas nas fantasias dos foliões, nas alegorias e também nas músicas que saíam dos sons potentes dos trios elétricos. Era Asa Branca, na mistura de frevo com forró e outros sucessos do Rei do Baião. Dulce Siqueira veio da "rival de Maria Bonita" para brincar o Galo da Madrugada mais uma vez. "Eu amo Luiz Gonzaga, amo o Galo da Madrugada, não tinha como estar mais feliz", revelou.
As músicas que desde sempre embalaram o carnaval de Pernambuco também eram ouvidas em todo o percurso. "A Praieira", sucesso de Chico Science, "Morena Tropicana", de Alceu Valença, e o hino do Galo da Madrugada eram quase uma obrigação de todos os trios elétricos. A foliã Jane Santos tinha um motivo a mais para comemorar: solteira, depois de 10 anos, voltou a bricar o Galo. "Era muito triste quando eu era casada. Ficava vendo pela televisão, com vontade de estar aqui. Agora, estou no Galo e estou feliz".
O Galo da Madrugada, de pé na Ponte Duarte Coelho, via seus súditos, mais uma vez, reverenciá-lo. Recifenses e visitantes mostravam porque o maior bloco do mundo recebeu esse título. Mas, além de números grandiosos, a agremiação se consolida como uma festa democrática, irreverente e de alegria contagiante.
Galo da Madrugada (Foto: Luna Markman / G1)É sempre assim: no desfile do Galo da Madrugada, ruas do centro do Recife ficam tomadas (Foto: Luna Markman / G1)

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