Uniformes de organizações ficam proibidos até dia 27 no Serra Dourada.
Medida pretende coibir crimes envolvendo torcedores rivais na capital.
De acordo com a Polícia Civil, existem torcedores infiltrados nesse tipo de organização com o objetivo de cometerem delitos. “Existem inúmeros crimes praticados por pessoas travestidas de torcedores. Eles estão usando as estruturas das torcidas organizadas para realizar essas ações”, afirma o delegado de investigações criminais Josuemar Vaz de Oliveira. Entretanto, presidente da Força Jovem, torcida organizada do Goiás, lamenta a imagem estereotipada sobre essas entidades. “Nem todos os torcedores são violentos. Aqui também existem excelentes pessoas”, salienta Cleomar Marques.
Já a delegada titular da Delegacia de Homicídios, Adriana Ribeiro, afirma que a falta de impunidade pode influenciar na prática de crimes entre os torcedores. “O sentimento de impunidade leva a o aumento de crimes do tipo. No entanto, estamos fazendo um monitoramento em parceria com o Ministério Público com o objetivo de antecipar as reuniões entre as torcidas organizadas através das redes sociais”, declara a delegada, que conclui. “A única saída é a Polícia Civil investigar e prender os culpados. Posteriormente, devem ser processados criminalmente pela Justiça”.
Dados
Segundo a Polícia Civil, nos últimos 12 meses sete assassinatos tiveram relação com torcidas organizadas, em Goiânia. Em um deles, a estudante Pamella Munike Valpato, de 17 anos, foi morta com um tiro na cabeça, no último dia 11 de novembro, na Vila Mauá. De acordo com a polícia, o alvo dos disparos era o namorado dela, que teria se envolvido, minutos antes do crime, em uma briga entre torcidas rivais dos times Goiás e Vila Nova.
Na última sexta-feira (10), um torcedor do Goiás, de 19 anos, foi morto após ser baleado no Terminal Goiânia Viva. Segundo as investigações, uma briga entre torcedores rivais pode ter motivado o crime.
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