MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Importações crescem e aumentam déficit comercial em Sorocaba, SP


Exportações também cresceram em 2011, mas em ritmo menor.
Diretor do Ciesp aponta real valorizado como responsável por índice.

Fernando Cesarotti Do G1 Sorocaba e Jundiaí

A região de Sorocaba teve uma expansão grande no comércio exterior ano de 2011, mas registrou um aumento do déficil da balança comercial: as empresas da região exportaram US$ 2,3 bilhões, mas importaram US$ 3,9 bilhões, o que causa um déficil de US$ 1,6 bilhão.
Todos os valores cresceram em 2010, ano que a região exportou US$ 1,9 bilhão e importou R$ 2,7 bilhões. A pesquisa foi divulgada nesta semana pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
O vice-diretor regional da entidade, Erly de Syllos, avalia que o principal motivo para o déficit da balança comercial da cidade é a supervalorização do dólar, que diminui a competitividade das empresas exportadoras. A moeda norte-americana fechou na última sexta-feira (10) cotada a R$ 1,72. "O ideal seria uma cotação estável por volta de R$ 1,90. Esse valor já melhoraria as condições para as empresas que exportam, e também não complicaria muito a vida de quem precisa importar e faz dívidas em dolar", explica.
Outra condição criada pelo dólar barato é que as empresas adquirem matéria prima no exterior por um preço mais em conta, mesmo no caso de material que pode ser encontrado no Brasil. "O governo poderia criar alguma salvaguarda, uma tarifa de importação para materiais similares aos brasileiros. Mas, enquanto isso não acontece, claro que as empresas buscam o que é mais vantajoso", diz Syllos.
Ele também destaca a necessidade de valorizar as empresas de tecnologia de ponta, que podem exportar material com maior valor agregado. Syllos enxerga esse perfil de empresas na região de Sorocaba, especialmente em algumas que ainda estão se instalando, caso da montadora japonesa Toyota, em Sorocaba, ou da Foxconn, que poderá fabricar tablets em Jundiaí.
"É muito melhor para a economia exportar um contêiner de produto manufaturado, que tem um valor bem maior, do que um contêiner de matéria prima. E as empresas da nossa região têm esse perfil, de tecnologia de ponta, o que pode virar essa balança comercial nos próximos anos", conclui o dirigente da Ciesp.
Números
De acordo com os dados da Ciesp, a região de sorocaba, que engloba 47 municípios, foi a 8ª colocada entre as 39 regiões do Estado no ranking de exportações. O Estado todo negociou US$ 65,2 bilhões com o mercado externo em 2011, o equivalente a 25,5% das exportações brasileiras.
Apenas o município de Sorocaba concentrou 71,5% das exportações regionais, com destaque para os segmentos de tratores e máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária (US$ 267,0 milhões); geradores, transformadores e motores elétricos (US$ 187,9 milhões); e motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão (US$ 177,1 milhões). Os principais destinos das exportações da cidade foram: Argentina (22,0% do total); Estados Unidos (19,1%) e Alemanha (10,1%).
No caso das importações, a cidade concentrou 80,0% do total importado pela região., com destaque para a compra de: componentes eletrônicos (US$ 287,2 milhões); geradores, transformadores e motores elétricos (US$ 248,3 milhões); e equipamentos de comunicação (US$ 229,4 milhões). As principais origens dos produtos da cidade foram: China (26,4% do total); Alemanha (18,0%) e Estados Unidos (12,5%).
Vista aérea da zona industrial de Sorocaba, SP (Foto: Zaqueu Proença/Secom Sorocaba)Indústrias de Sorocaba movimentaram mais de US$ 6 bilhões em comércio exterior em 2011 (Foto: Zaqueu Proença/Secom Sorocaba)

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