MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Embaixada da Itália em Brasília abre suas portas para visitantes


Inaugurado em 1977, prédio é projeto de expoente da arquitetura italiana.
Acervo da embaixada tem peças de Cândido Portinari e de Maria Bonomi.

Jamila Tavares Do G1 DF

Detalhe da embaixada italiana em Brasília (Foto: Jamila Tavares / G1)Detalhe da fachada da embaixada italiana em Brasília
(Foto: Jamila Tavares / G1)
A Embaixada da Itália em Brasília lançou nesta quinta-feira (9) um programa que permite a visitação de alguns espaços da sua sede. Inaugurada em 1977, a embaixada foi projetada por Píer Luigi Nervi, “um dos mais importantes arquitetos italianos do século passado”, de acordo com o embaixador Gherardo La Francesca.
As visitas devem ser pré-agendadas e serão realizadas duas quintas-feiras por mês – escolas que queiram conhecer o espaço podem marcar a visita para outros dias da semana.
O agendamento deve ser feito pelo telefone 3442-9902. Mais informações no site da embaixada. Monitoradas por guias, as visitas se baseiam em três temas centrais – arquitetura, artes e meio ambiente.
“Acho que o papel mais importante que as embaixadas têm que desenvolver hoje é o de serem abertas, de fazer um trabalho para facilitar, estimular o contato entre as pessoas”, diz La Francesca.
Detalhes de salas da embaixada italiana que poderão ser visitados pelo público (Foto: Jamila Tavares / G1)Detalhes de salas da embaixada italiana que poderão ser visitados pelo público (Foto: Jamila Tavares / G1)
Construído em 1975, o prédio central da embaixada se sustenta em pilares de concreto aparente, alguns com mais de cinco metros de altura. A leveza das linhas modernistas é reforçada pelos jardins e pela presença da água – em escultura assinada pelo escultor ítalo-brasileiro Moriconi e em espelho d’água margeado por uma escadaria de mármore branco. O sistema de ventilação planejado por Nervi faz com que o espaço até hoje seja mantido sem ar-condicionado.
O acervo da embaixada reúne peças de artistas como Maria Bonomi e Cândido Portinari. O mobiliário também tem peças assinadas, como a longa mesa da sala de janta oficial, feita pelos irmãos Campana.
Além disso, até 23 de fevereiro é possível ver reproduções feitas por artesãos florentinos de peças desenhadas por Leonardo da Vinci em seus estudos sobre mecânica, hidráulica e máquinas desenvolvidas para fins bélicos. As peças foram construídas apenas com materiais típicos da renascença, como madeira, ferro, latão, corda e tela.
Detalhes do prédio principal da embaixada italiana em Brasília (Foto: Jamila Tavares)Detalhes do prédio principal da embaixada italiana em Brasília (Foto: Jamila Tavares)
Atualmente, toda a energia utilizada pela embaixada durante o dia é captada em 405 painéis fotovoltaicos instalados no teto do prédio principal. Um projeto em parceria com a Companhia Energética de Brasília (CEB) está sendo elaborado para que a energia produzida solar excedente seja incluída na rede da companhia nas horas de maior incidência de luz solar. Em troca, a CEB alimentaria a embaixada durante a noite.
A medida é uma das primeiras do projeto que quer tornar a sede da representação italiana em um edifício sustentáve. Um sistema de reaproveitamento de água instalado abaixo de um dos jardins evita com que a embaixada jogue resíduos na rede da Caesb. Toda a água utilizada na sede é tratada, limpa e reaproveitada para irrigação e limpeza.
Prédio principal da embaixada italiana em Brasília é cercado por jardins (Foto: Jamila Tavares / G1)Prédio principal da embaixada italiana em Brasília é cercado por jardins (Foto: Jamila Tavares / G1)

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