MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Em MT, família de siameses busca recursos para cirurgia de separação


Crianças nasceram em Mato Grosso, mas realizam tratamento em SP.
Gêmeos completaram dois meses de vida no último dia 2.

Do G1 MT

siameses (Foto: Arquivo pessoal)Siameses de Mato Grosso retornaram para casa após dois meses em São Paulo (Foto: Arquivo pessoal)
Os gêmeos siameses que nasceram unidos no município de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, retornaram para casa após passarem dois meses em observação no Hospital das Clínicas, em São Paulo, para avaliações médicas. A família das crianças unidas pelo abdômen vive a expectativa de saber se elas vão ter condições de se submeterem a cirurgia de separação. Os irmãos Cristopher Henrique e Nicolas Samuel pesam sete quilos e completaram dois meses de vida no último dia 2.
Além de viver a expectativa da cirurgia, os pais vivem o desafio de manter as despesas e os custos com a viagem que vão ter que fazer no próximo mês, novamente a capital paulista. A dificuldade vem do fato de a família contar apenas com o salário de frentista do pai das crianças como única fonte de sustento da casa.
A viagem já faz parte da rotina da família e é necessária para o acompanhamento da saúde dos bebês. No próximo dia 24, data em que a família embarca novamente, o propósito é avaliar o risco do procedimento cirúrgico de separação dos siameses. Para isso, a família terá de ficar 10 dias em São Paulo.
União
 Os bebês são unidos da cintura para baixo, têm braços independentes, mas possuem apenas duas pernas. Apesar de o tratamento ser oferecido gratuitamente em um hospital universitário em São Paulo, os pais não têm condições financeiras de se manter. Em entrevista à reportagem, o pai dos gêmeos afirmou que o seu salário é de R$ 800. “Por enquanto nós estamos dependendo de ajuda da população, que têm contribuído bastante” afirmou Celso Henrique dos Santos.
A deficiência foi descoberta durante os três meses de gravidez da mãe das crianças. Quando foi identificado que os bebês estavam sendo formados juntos, a família que morava em Juara, a 690 quilômetros da capital, resolveu se mudar para Primavera do Leste. “Lá em Juara não tinha médico que pudesse acompanhar a gravidez. Então, viemos para Primavera, mas os médicos daqui encaminharam a minha mulher para São Paulo”, afirmou Celso, ao falar sobre a complexidade do caso.
O principal risco apontado pelos médicos é o comprometimento dos órgãos. “Quando eles nasceram, a primeira coisa que os médicos falaram é que os bebês têm mais chance de vida juntos do que separados. Separando posso perdê-los e eu opto por não separar”, declarou a mãe dos bebês, Lorraine da Silva Monteiro, de 15 anos.
O pai das crianças também alega que seus filhos têm o direito de receber o auxílio financeiro do Ministério da Sáude, o TFD (Tratamento Fora do Domicílio), que garante o pagamento de valores da viagem, alimentação e estadia da família, quando o tratamento não é oferecido dentro do estado.
A secretária de Promoção Social do município, Marivete Pasquone, afirmou que apesar de não estar ao alcance da pasta irá oferecer os auxílios necessários, além de providenciar a inclusão da família no TSD. “É uma situação bastante séria e o tratamento dessas crianças será prolongado”, ressaltou Pasquone.
Já a assessoria de imprensa da secretaria estadual de Trabalho e Promoção Social informou que o caso será analisado para a aprovação ou não da liberação do recurso.

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