MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Efeito do excesso de chuva preocupa produtores de milho de MG


Mas os preços favoráveis de mercado devem render bom lucro por hectare.
Colheita da primeira safra começa tradicionalmente em meados de abril.

Do Globo Rural

O agricultor Luiz Alexandre Avelar está satisfeito com a lavoura de milho que foi plantada há quase 70 dias na propriedade em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba. O grão foi cultivado em 350 hectares, o dobro da área cultivada na safra passada. O bom preço do grão no mercado motivou esse aumento.
“O mercado de milho hoje está muito bom porque R$ 27 é um preço muito bom. A gente acredita que na colheita, não vai conseguir pegar esse preço não. Mas se a gente pegar na média de R$ 22 ainda vai ser um bom preço na colheita”, calcula Avelar.
A colheita do milho da primeira safra em Minas Gerais começa tradicionalmente em meados de abril. Até lá a preocupação dos produtores é com o clima. O excesso de chuva nos últimos meses atrapalhou o trabalho de combate a pragas e doenças, o que pode influenciar na queda de produtividade.
“Devido ao grande volume de chuva, atrasou a pulverização e a vinda do avião. Como é um milho de alta produtividade, ele é um milho mais suscetível à doença. Então, precisa de um fungicida e é um milho que tem que ser bem tratado”, explica Avelar.
Em Presidente Olegário, no noroeste do estado, a lavoura de mil hectares cultivada pelo agricultor Cláudio Consonni está com 100 dias. Por causa do clima chuvoso dos últimos meses, ele já prevê uma diminuição na produtividade.
"Em virtude do excesso de chuva e baixa insolação, a planta direcionou muita energia para crescer a procura de luz. Esse direcionamento evitou que ela produzisse uma espiga com um grande número de fileiras e maior numero de grãos. A gente esperava em torno de 200 sacas por hectare, mas estamos trabalhando com 10% de quebra, com 180 agora”, diz Consonni.
Segundo o agrônomo Bruno Fernandes, que fez as contas da atual safra, a despesa do hectare numa lavoura como essas chega a R$ 2,7 mil. Mesmo com a perda provocada pelo excesso de chuva, a produtividade elevada permitirá um bom lucro este ano. “Se a gente conseguir colher em torno de 180 sacos por hectare e vender na safra por R$ 20, eu acredito que ainda sobre uns R$ 900 por hectare”, avalia.

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