Carnaval de Curitiba reúne crianças, idosos, sorrisos e samba no pé

Vice-governador do PR acompanhou; Flávio Arns torceu para Mocidade Azul.
Aos 84 anos, senhora desfila em bloco e em escola de samba na mesma noite.

Samuel Nunes Do G1 PR

Escola Embaixadores da Alegria contou a história do Carnaval de Curitiba (Foto: Samuel Nunes/G1)

O desfile das escolas de samba de Curitiba, que aconteceu no sábado (18), na Avenida Cãndido de Abreu, reuniu crianças, idosos, gente simples, gente importante, sorrisos e muito samba. Com grande pontualidade, nenhuma escola deixou a avenida fora do horário previsto.
Eram 22h30 quando a primeira escola Os Internautas abriu os desfiles do Grupo A. Com um enredo que tratava sobre a infância, a mais nova escola do Grupo principal trouxe diversas crianças e adolescentes de uma comunidade de Pinhais, na Região Metropolitana. Bruna Gabriela, de 16 anos, desfilou pela primeira vez e logo na comissão de frente da primeira escola a entrar. "Eu nem deveria ter ido na comissão de frente, era para eu ter ido em outra ala e me colocaram aqui agora há pouco", revela.

Com um bebê no colo, foliã não faltou ao desfile da
Escola Os Internautas (Foto: Samuel Nunes/G1)

Idade não atrapalha
Em seguida, a Leões da Mocidade entrou na avenida para contar a história da dança. Mas quem rendeu história foi uma idosa que desfilou no chão, como destaque. Maria Domingues, de 84 anos havia desfilado horas antes em um dos blocos de sujos que abriram a noite na avenida, antes das escolas de samba. "Segunda-feira, eu ainda vou desfilar em Morretes [no litoral do Paraná]", conta ela, que diz gostar de Carnaval desde os tempos de "mocinha".

Aos 84 anos, Maria Domingues desfilou duas vezes na mesma noite (Foto: Samuel Nunes/G1)

Já a Acadêmicos da Realeza contou a influência social do chocolate na vida das pessoas. A letra do samba-enredo fazia diversas menções a slogans de produtos a base de um dos doces preferidos por todos.
Perna de pau
Um dos destaques da Realeza foi Raíssa Fayet, que cruzou a avenida sambando em pernas de pau e sem se desequilibrar em nenhum momento. Quando é perguntada sobre o tempo de ensaio, ela revela que tudo aconteceu na última hora. "Eles fizeram a saia e eu resolvi vir pra cá com as pernas de pau agora, pouco antes do desfile", diz ela que estava vestida como a Rainha da Realeza.

Vice-governador do Paraná foi ao desfile torcer pela
Mocidade Azul (Foto: Samuel Nunes/G1)

Os "colorados" da Embaixadores da Alegria contaram a história do Carnaval curitibano. Foram dois carros alegóricos e 230 componentes, com referências às festas do início da escola até os dias atuais. Enquanto a escola se preparava para entrar, Idalina Gonçalves, de 78 anos estava na torcida. "É a minha preferida", conta ela, que, diferente de Maria Domingues, nunca desfilou. "Isso é para quem tem ginga, e eu não tenho", brincou.
A escola Mocidade Azul encerrou a noite logo após a saída dos Embaixadores. Na torcida da escola estava o vice-governador do Paraná Flávio Arns pulava empolgado com o enredo que comemorava os 40 anos da escola que prometia na letra do seu samba pintar a avenida de azul.