MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Batata-doce poderá ser opção para produção de etanol, diz pesquisador


Em Mato Grosso, há campos que resultam em alta produtividade.
Os estudos sobre o uso do produto iniciaram em Tocantins há 10 anos.

Vívian Lessa Do G1 MT

Estudo da batata-doce em MT já dura 3 anos (Foto: Vívian Lessa/G1-MT)Estudo da batata-doce em MT já dura três anos
(Foto: Vívian Lessa/G1-MT)
A produção de etanol em Mato Grosso poderá aumentar em quase 60% em apenas dois anos. A perspectiva leva em consideração o uso de uma matéria-prima ainda não implantada no Brasil mas que já esta em fase de estudos, trata-se da batata-doce. De acordo com dados da Pesquisa da Cultura da Batata-doce como Fonte de Matéria Prima para Produção de Etanol desenvolvida pelo projetista Aldo Silva, a intenção é aumentar em cerca de 510 mil litros, considerando apenas uma safra de batata-doce por ano.
Desta forma, o estado produziria mais de 1,3 milhão de litros de etanol por ano. O índice é semelhante ao registrado na safra 2008/2009. Atualmente, a produção de etanol em Mato Grosso é de 852 mil litros. De acordo com o pesquisador, Aldo Silva, em dois anos a estimativa é que o estado produza em 30 mil hectares de batata-doce. “Temos condição de produzir 103 toneladas por hectare, resultando em 3 mil toneladas de batata no total estimado para Mato Grosso”. Ele ressalta que a cultura, que tem potencial para fazer até dois ciclos por anos, vem como complemento da safra cana-de-açúcar, sendo cultivada no período em que as indústrias sucroalcooleiras estão desativadas.
Ramas são colhidas para serem replantadas (Foto: Vívian Lessa/G1-MT)Ramas são colhidas para serem replantadas
(Foto: Vívian Lessa/G1-MT)
A alternativa, para o presidente da Cooperativa dos Produtores de Cana-de-açúcar de Campo Novo dos Parecis (Coprodia), Luiz Loro, é uma promessa satisfatória, já que haverá utilização das indústrias enquanto a cana ainda está no campo. Na Coprodia, o plantio da batata-doce ainda está em fase experimental. “Plantamos apenas um hectare. Dependendo dos resultados pretendemos expandir essa área”. O gerente agrícola da Usina Itamarati, a maior do estado, Jair Carvalho, conta que está havendo a multiplicação das mudas. A área, que era de um hectare, está aumentando para três hectares. “Estamos verificando a vocação desta nova cultura para iniciar a produção em escala comercial”.
De acordo com o diretor executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, o surgimento de alternativas para a produção de biocombustíveis é benéfico para o setor. Em visita nas áreas experimentais do estado, o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tiago Quintela Giuliani, explica que o governo pode conceder incentivos se for comprovada a eficácia da batata-doce na produção de etanol. Conforme ele, a pesquisa é única no país e tem potencial de expansão.

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