MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Bandalheira completa 40 anos de sátira e tradição em Ouro Preto


Bloco ganhou hino para comemorar as quatro décadas.
Integrantes desfilam com penicos na cabeça e instrumentos inusitados.

Raquel Freitas Do G1 MG, em Ouro Preto

Tem gente que nem toca, só sopra na Bandalheira (Foto: Raquel Freitas/G1)Tem gente que nem toca, só sopra na Bandalheira (Foto: Raquel Freitas/G1)
Uma das atrações mais tradicionais do carnaval de Ouro Preto sai às ruas neste domingo (19). Com penicos na cabeça, rolos de papel higiênico na cintura e intrumentos inusitados nas mãos, os integrantes da Bandalheira comemoram em 2012 os 40 anos de fundação do bloco.
Virgílio Alvez, fundador da Bandalheira (Foto: Raquel Freitas/G1)Virgílio Alvez, fundador da Bandalheira
(Foto: Raquel Freitas/G1)
Virgílio Alves ainda era universitário quando teve a ideia de criar a banda, em 1972. "A música sempre esteve presente na minha família. Então, resolvi juntar os colegas para tocar instrumentos exóticos. Saímos pela primeira vez em um domingo e a aceitação foi grande", lembra.
No primeiro desfile, cada integrante da Bandalheira escolheu sua fantasia, mas hoje o uniforme é obrigatório. "Queria fazer uma sátira às bandas militares. Então, nada melhor que uniformizar a banda. O penico na cabeça representa o capacete e a roupa remete à Marinha", conta. E quem desobedece as regras leva bronca do fundador. "A blusa tem que ser para fora da calça", recomenda Virgílio Alves a um dos integrantes pouco antes de o bloco sair pelas ladeiras.
Bandalheira ensaia para o desfile (Foto: Raquel Freitas/G1)Bandalheira ensaia para o desfile
(Foto: Raquel Freitas/G1)
A preparação para o desfile acontece na casa da família Alves, que já na entrada mostra a cara do bloco. Um boneco gigante com a fantasia da Bandalheira recebe quem participa do banda. Hoje, a Bandalheira é presidida pelo irmão do fundador, Alcindo Alves Filho. Ele conta que uma das principais características que acompanham o bloco nestas quatro décadas é o clima de família. "A Bandalheira existe graça a nossos pais que permitiram que a nossa casa servisse de sede", ressalta.
As irmãs Silvia e Angélica estream na Bandalheira (Foto: Raquel Freitas/G1)As irmãs Silvia e Angélica estream na Bandalheira
(Foto: Raquel Freitas/G1)
As irmãs Sílvia e Angélica Santos são estreantes na banda. Desde pequenas, elas acompanhavam os desfiles para ver o pai tocar. O instrumento escolhido por elas foi a flauta. Sílvia, que é professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), diz não ter intimidade com o apetreicho. "Só faço barulho", revela.
Atualmente cerca de 200 pessoas vindas de todos os cantos participam do bloco, que também é atração na terça-feira dia (20). Segundo, Virgílio Alves todos são bem-vindos. "Vem gente de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro e neste ano tem até um americano. Alguns tocam, outros só sopram" , revela.
E para comemorar os 40 anos, os irmãos prepararam uma surpresa. Pela primeira vez desde a criação, a Bandalheira vai ter um hino. A alegria e o espírito de amizidade e união agora estão registrados em notas musicais. A letra e a música foram criadas pelo presidente e tiveram revisão do maetro mineiro Márcio Miranda.
Veja o hino.
Bandalheira
Componentes, somos amigos, somos irmãos
Marchamos com alegria porque somos família
Nosso lema é união
Fantástica emoção
Bandalheira de Ouro Preto
Ontem, hoje, amanhã
Banda sempre
Bandalheira em defesa da arte e cultura
Inicio de novos tempos
Aqui terra querida
Ouro Preto patrimônio universal
Bandalheira de Ouro Preto
Ontem, hoje, amanhã
Banda sempre
Boneco gigante 'espera' início do desfile da Bandalheira em Ouro Preto (Foto: Raquel Freitas/G1)Boneco gigante 'espera' início do desfile da Bandalheira em Ouro Preto (Foto: Raquel Freitas/G1)

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