MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 5 de fevereiro de 2012

ATÉ QUANDO VAMOS AGUENTAR O MEDO E O TERROR?

Homicídios em Salvador e região crescem 129% durante greve da PM

Foram 78 mortes do início da greve até as 13 deste domingo (5).
No mesmo período da semana anterior foram 34 casos, segundo SSP-BA.

Do G1 BA
Policiais civis observam o corpo de uma jovem que foi encontrada com marcas de tiro no bairro de São Marcos (Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde/AE)Policiais civis observam o corpo de uma jovem que
foi encontrada com marcas de tiro no bairro de Pau
da Lima (Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde/AE)
Durante os seis dias de greve de parte dos policiais militares na Bahia, o número de homicídios em Salvador e região metropolitana aumentou 129% em comparação ao mesmo período da semana anterior. A greve foi decretada na noite de terça-feira (31).
Das 21h de terça (31) até as 13h deste domingo (5), foram registrados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) 78 homicídios. No mesmo período da semana anterior, ou seja, das 21h do dia 24 de janeiro (terça) até as 13h do dia 29 (domingo), foram registrados 34 homicídios segundo os dados da secretaria.
Neste domingo foram registrados oito casos de assassinatos. Seis desses crimes foram cometidos em bairros de Salvador: três em Valéria, um em Marechal Rondon, um em Itinga e um em Pau da Lima. Os outros dois ocorreram em cidades vizinhas da capital, Madre de Deus e Candeias.
No domingo passado (29), houve três homicídios até as 13h. Eles ocorreram nos bairros São Caetano, Sete Portas e Periperi.
Dos seis dias de greve, sexta-feira (3) continua sendo o que somou mais casos, com 31 registros. Outras 14 mortes foram de quinta-feira (2).
O Comando da 6° Região Militar, que representa o Exército Brasileiro na Bahia, disponibilizou neste domingo (5) um número telefônico para receber denúncias e outras informações por parte da população. O contato é (71) 3320-1972.
Dirigente da associação de PMS é presoUm soldado da PM e dirigente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra) foi preso na madrugada deste domingo, segundo o governo do estado, e encaminhado a sede da Polícia do Exército, na Avenida Paralela, em Salvador.
O PM é lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA). Segundo o governo, ele é suspeito de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público, referente à retenção das viaturas.
A prisão dele é a primeira cumprida dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça da Bahia contra integrantes do movimento grevista. De acordo com o governo, as outras 11 prisões devem ser executadas durante este domingo.
Carros de polícia recuperados
A Polícia Militar recuperou, na tarde deste sábado, 16 carros oficiais que estavam em poder dos grevistas, na Assembleia Legislativa, em Salvador. Os manifestantes são filiados à Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra). Os mandados de reintegração de posse foram expedidos na manhã do sábado (4).
Negociação
O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra), Marco Prisco, e os policiais filiados à entidade, esperam espaço para negociação das pautas reivindicatórias com representantes do governo do estado. "A palavra é negociação", diz Prisco neste sábado (4), na sede da Assembleia Legislativa, onde está desde a noite de terça-feira (31).
Autuação federal
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que já fez o pedido de reserva de vagas em presídios de segurança máxima para encaminhar, caso seja necessário, os policiais militares que tenham cometido algum tipo de crime durante a mobilização grevista, que já dura cinco dias na Bahia. Durante coletiva à imprensa, realizada na manhã deste sábado (4) ainda na Base Aérea, onde desembarcou, o ministro frisou a relação que o governo federal mantém com as políticas de segurança estadual.
Pronunciamento do governador
O governador da Bahia, Jaques Wagner, tentou tranquilizar a população do estado em cerca de três minutos de pronunciamento oficial, transmitido pelas emissoras de rádio e TV por volta das 20h15 desta sexta-feira (3). Ele reafirmou a “intranquilidade” vivida nos últimos quatro dias, que tem resultado no fechamento antecipado do comércio, violência na rotina do trânsito e contra a população. “Estamos tomando providências para conter ações de um grupo de polícia usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, causando desordem”, afirma.

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