MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ataque de javalis em lavouras de milho preocupa agricultores de SP


Os animais fuçam a terra e comem boa parte da plantação.
Em São Paulo, a caça e o abate de javalis são proibidos por lei.

Do Globo Rural

Os produtores rurais percorrem o milharal na tentativa de contar os prejuízos. Aos poucos, as clareiras vão surgindo e impressionam pelo tamanho.
Imagens gravadas por armadilhas fotográficas instaladas nas reservas ambientais que ficam perto das lavouras mostram centenas de javalis. Os animais destroem as plantações e armazenam parte do milho no meio da mata, estratégia usada para não faltar alimento.
Parte das fotos foi tirada na propriedade de Maurício Dias. Este ano, ele plantou 1.500 hectares com o grão e os javalis já causaram um prejuízo de R$ 1 milhão. “O investimento é muito alto pra gente cair, estamos sujeitos a perder milho dessa maneira. É um absurdo isso”, lamenta.
A preocupação com as lavouras de milho se tornou tão grande que um grupo de pesquisadores da Faculdade de Itapeva resolveu estudar a população de javalis da região. Eles percorrem os milharais e utilizam equipamentos para mapear os estragos.
Até agora, os pesquisadores calculam que existam quatro mil animais espalhados em 10 fazendas.
Os agricultores notaram que os javalis invadem principalmente as fazendas onde há sistemas de irrigação. É que estas propriedades produzem durante o ano todo, ou seja, oferecem mais água e alimento aos animais.
Enquanto os prejuízos aumentam, os produtores rurais apenas aguardam o mapeamento das áreas. Nenhuma forma de manejo foi adotada até porque ninguém sabe o que fazer para evitar as invasões.
O javali não é um animal brasileiro, é originário da África e da Ásia e por conta da facilidade de adaptação e rapidez na reprodução, ele vem se espalhando por países do mundo todo.
No Brasil, desde 1998 o Ibama impõe regras rigorosas para importação, transporte e instalação de novos criatórios, justamente por considerar que esse é um animal que deve ser controlado.
Agora, a regulamentação dos animais soltos, como os que andam atacando as lavouras paulistas, está a cargo das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente.
Em São Paulo, quem cuida do assunto é a bióloga Cláudia Schaalmann, diretora do Centro de Fauna Silvestre.

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