Eles reclamam que a ação dos policiais dificulta o trabalho nas lavouras.
Polícia que ocupa a área não permite o cultivo da terra.
Quase 500 brasiguais, como são chamados, se reuniram na região de Mbaracayú, que fica a 80 quilômetros da fronteira com o Brasil. Eles querem que a polícia paraguaia deixe o local onde ficam as propriedades.
No final do mês passado, a Justiça do Paraguai concedeu uma medida cautelar que deu ganho de causa a uma empresa que se diz dona das terras. O advogado dos agricultores disse que os colonos brasileiros conseguiram essa semana reverter a decisão e ganharam novamente o direito de voltar a cultivar as terras. Mas como a empresa paraguaia tem até sábado para recorrer da decisão a polícia continua nos arredores das propriedades.
Os policiais que alegam cumprir uma ordem judicial ocupam a área e não permitem que os brasileiros cultivem a lavoura. Além disso, instalaram portões em dois pontos da estrada rural que atravessa a comunidade. Muitos produtores precisam percorrer vários quilômetros para desviar o caminho.
O agricultor Janilson Alves dos Santos não consegue sair de casa. A propriedade ficou isolada por causa das cercas e portões colocados por policiais. Ele só pode se locomover a pé.
Os agricultores brasileiros esperavam se reunir na quinta-feira (16) com representes da Comissão Paraguaia de Direitos Humanos, mas ninguém compareceu ao encontro. Por telefone, a direção da empresa que reivindica as terras disse que irá recorrer da decisão da Justiça, mas que pedirá que a polícia deixe o local até que seja tomada uma decisão final.
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