MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vacinação contra aftosa atinge melhor cobertura desde 2006 em MT


Em 2011 foram vacinados 29,1 milhões de bovinos e bubalinos.
Cobertura percentual chegou a 99,76% do rebanho.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Febre_Aftosa (Foto: Divulgação / Secretaria de Comunicação)Mato Grosso está há 16 anos sem aftosa
(Foto: Divulgação / Secretaria de Comunicação)
Vinte e nove milhões, cento e vinte e dois mil bovinos e bubalinos foram vacinados contra febre aftosa em Mato Grosso no ano passado. O número compreende os imunizados durante a campanha de novembro, englobando o rebanho de todas as idades. As ações ocorrem nas propriedades espalhadas pelos 141 municípios do estado. Com este número, o estado alcançou 99,76% de cobertura do plantel. O balanço foi apresentado nesta sexta-feira (20) pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea), durante coletiva à imprensa.
O presidente do instituto, Valney Souza Côrrea, considerou o resultado positivo. Na prática, 0,24% dos animais no estado deixaram de ser imunizados. Produtores que não aplicaram as vacinas serão notificados pelo Indea. Fiscais do instituto também atuarão com a vacinação assistida naquelas propriedades onde as recomendações não foram seguidas.
“Esse resultado nos dá segurança. A expectativa era vacinar quase 30 milhões de animais, mas não foi feito pois em 2011 aumentou o número de abate de fêmeas”, declarou o presidente. A cobertura vacinal de 99,76% nesta terceira etapa da campanha contra a aftosa pode ser considerada a melhor dos últimos dos últimos cinco anos. Em 2006, a mobilização de pecuaristas fez a unidade federada alcançar 99,83% dos mais de 26 milhões de animais. Na prática, foram vacinados à época 26.028.111 de bovinos e bubalinos.
Na campanha de 2011, a regional de Alta Floresta, que congrega seis municípios, alcançou 100% do rebanho. Ou seja, 2.643.740 animais receberam as vacinas da campanha.
Nesta sexta-feira (20), o presidente do Indea classificou como uma 'evolução' os resultados alcançados ao longo dos últimos anos dentro das campanhas de imunização do gado mato-grossense. Ele comparou como exemplo os períodos de 1993 a 2011 e diz que apesar do número de animais ter aumentado, os índices de cobertura também acompanharam.
“Vacinar 29 milhões de cabeças é totalmente diferente. As dificuldades aumentaram e o rebanho também. Aumentamos o índice dentro de um rebanho muito maior do que era em 1993”, acrescentou. Este foi o ano em que o Indea em Mato Grosso começou a atualizar sua base de dados referente ao desempenho das campanhas de aftosa. À época, foram vacinados 9,6 milhões de animais.
Cronograma
A etapa de vacinação realizada em novembro do ano passado ocorreu entre os dias 1º e 30 de novembro, conforme explica a médica veterinária Daniella Soares de Almeida Bueno, responsável pela Coordenadoria de Controle de Doença dos Animais (CCDA) do Indea. Na região do Pantanal, o prazo estendeu-se até o dia 15 de novembro.
“Os servidores estão trabalhando para que até o fim de fevereiro todos os animais e propriedades que ficaram sem vacinação sejam 100% visitadas, autuadas e vacinadas. A atuação é de 2,5 UPF por cabeça não vacinada”, destacou, ao G1. Até a quinta-feira (19), a chamada Unidade Padrão Fiscal correspondia a R$ 42. Já o preço pago pela dose da vacina é de R$ 1,20.
Alteração em calendário
Nesta sexta-feira (20), o Indea de Mato Grosso anunciou oficialmente a alteração no calendário de vacinação contra a aftosa. O estado deixa de ter a 'etapa extra' válida exclusivamente para os animais com até 12 meses das propriedades localizadas no raio de 15 quilômetros da fronteira dos municípios de Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Porto Esperidião e que fazem fronteira com a Bolívia.
A medida foi autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mediante estudos técnicos realizados pelo Indea, assunto antecipado ainda na quinta-feira (19) em reportagem pelo G1.
Em Mato Grosso, o ano de 2009 marcou a retirada da etapa de vacinação do mês de fevereiro para maior parte do estado, com exceção da região de fronteira. "Não temos a atividade viral dentro do estado", explicou Valney Côrreia, do Indea.
Segundo o presidente, o estado caminha para atender a todas as exigências para conquistar o status de estado livre da aftosa sem vacinação, mas reconhece que a decisão não pode ser tomada em curto prazo. Atualmente, a unidade federada possui a condição de livre da doença, mas mediante aplicação das doses.
Juntos, os países da América do Sul assumiram o compromisso de erradicar, até 2020, a febre aftosa no continente. Mas a condição só será atingida mediante esforço conjunto. É o que assegura Enio Martins, chefe do serviço de Saúde Animal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso.
"Essa retirada [da lista de livres da doença sem vacinação] é feita paulatinamente e vai depender muito da situação epidemiológica do estado e do país", considerou.

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