MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 15 de janeiro de 2012

Resíduos de agrotóxico usado nos laranjais preocupa governo dos EUA

 

Por enquanto não haverá nenhuma mudança na produção brasileira.
A quantidade de fungicida utilizada no Brasil segue os padrões da OMS.

Do Globo Rural
As exportações de suco de laranja para os Estados Unidos sofrem uma ameaça. O governo norte-americano está preocupado com os resíduos de um agrotóxico usado nos laranjais brasileiros.
Os americanos já se habituaram ao sabor brasileiro. Dez por cento do suco de laranja consumido nos Estados Unidos é fornecido pelo Brasil. São 200 mil toneladas por ano.
Essa exportação enfrenta agora uma dificuldade por causa de um agrotóxico chamado carbendazim. Ele é o princípio ativo de alguns fungicidas usados para controlar o fungo que provoca a pinta preta, uma das principais doenças da citricultura.
No Brasil, os agrotóxicos são divididos em quatro classes, desde o nível um, o mais forte, até o quatro. O carbendazim está na classe três, medianamente tóxico. Sua aplicação é feita assim que os frutos começam a crescer. A quantidade utilizada segue os padrões da Organização Mundial da Saúde, segundo o agrônomo Luís Barretto. “Ele é indicado pelo Ministério, já vem sendo utilizado no Brasil em torno de 20 anos. Eu acredito que não tenha problema nenhum para a saúde”, diz.
O carbendazim é liberado tanto no Brasil, como nos Estados Unidos. Lá é utilizado na cultura da maçã, mas não é permitido nos pomares de laranja.
De um mês pra cá, as autoridades de saúde daquele país começaram a analisar as amostras do suco e fizeram um alerta. Se os resíduos do agrotóxico passarem de 80 partes por bilhão, o carregamento pode ser retido no porto. Não houve nenhum embargo, mas a notícia já preocupa.
Por enquanto, não haverá nenhuma mudança na produção, a não ser que a exportação do suco brasileiro seja prejudicada. Os frutos que vão ser colhidos na próxima safra, que começa em junho, já foram pulverizados com o fungicida.
Para Marco Antônio dos Santos, presidente da Câmara Setorial de Citricultura do Ministério da Agricultura, o Brasil não deve sofrer restrições. A quantidade da substância encontrada no suco brasileiro é menos da metade do limite estabelecido pelo governo americano. Se houver necessidade, o produto pode ser substituído sem grandes problemas. “O carbendazim é um produto um pouco mais barato que os outros, mas acho que não existiriam grandes traumas a partir do momento que existe essa restrição. O importante é atendermos o cliente com uma margem de segurança da saúde que o governo de cada país exige”, diz.
Não é apenas o suco brasileiro que será analisado. O governo norte-americano diz que vai inspecionar todos os carregamentos de suco de laranja que chegarem aos Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário