Alexandre Padilha falou com o G1 sobre pesquisa do Ibope.
Para 61% dos brasileiros, atendimento público é ‘ruim’ ou ‘péssimo’.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (12) que a população brasileira está “correta” ao avaliar o atendimento do sistema público de saúde como “ruim” ou “péssimo”. Padilha conversou com o G1 sobre a pesquisa Ibope feita para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) que mostrou que 61% dos brasileiros estão insatisfeitos com a qualidade do serviço de saúde.
“O diagnóstico global feito pelos brasileiros está correto”, disse Padilha. “Ele aponta os principais desafios da saúde no Brasil: a demora no acesso ao atendimento, o desperdício e a qualidade do atendimento.”
DemoraA demora foi considerada o maior problema do sistema público para 55% dos entrevistados. “A população aponta que precisamos organizar melhor nossos serviços”, afirmou o ministro. Para ele, a criação das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas é um passo nessa direção.
“Uma das questões que a população aponta, e com razão, é que às vezes todo o atendimento está concentrado nos Prontos-Socorros, misturando os casos menos graves com os mais graves. A UPA 24 horas é importante, porque você separa”, disse.
Segundo dados do ministério, onde já há uma rede de UPAs estruturada, “de cada 100 pessoas que procuravam a UPA 24 horas, apenas três precisavam ser encaminhadas para um Pronto-Socorro”.
O ministro disse também que a criação dos centros de Telessaúde visa resolver a demora no acesso a exames e especialistas. Neles, unidades básicas de saúde em bairros de periferia e cidades pequenas recebem uma rede de acesso à internet para que médicos possam enviar e receber exames e também tirar dúvidas com especialistas.
Contratação de médicosA pesquisa do Ibope informou que para 57% dos entrevistados, a principal medida seria contratar mais médicos. Para Padilha, a questão envolve formar médicos de especialidades em falta, como oncologia (que trata o câncer), geriatria (que trata idosos), neurocirurgia (que realiza operações no cérebro) e anestesiologia (responsável pela sedação do paciente).
Para isso, o Ministério da Saúde está trabalhando com o da Educação para financiar, com recursos próprios, bolsas de residência médica nessas áreas. Em troca, os médicos podem ter descontos no pagamento ao atender a população nas áreas mais necessitadas.
Mesmo com as propostas da pasta, a pesquisa informa que 85% dos entrevistados não perceberam avanços no sistema público de saúde nos últimos três anos. “Isso revela os nossos desafios. [...] O ministério globalmente concorda com os resultados da pesquisa”, disse Padilha sobre esse dado.
Para ele, são dois os pontos mais positivos apresentados no levantamento. O primeiro é que 71% das pessoas que responderam acreditam que as políticas preventivas de saúde são mais importantes do que construir hospitais. O segundo, que a luta contra as drogas envolve não apenas segurança pública, mas também saúde pública.
“O diagnóstico global feito pelos brasileiros está correto”, disse Padilha. “Ele aponta os principais desafios da saúde no Brasil: a demora no acesso ao atendimento, o desperdício e a qualidade do atendimento.”
DemoraA demora foi considerada o maior problema do sistema público para 55% dos entrevistados. “A população aponta que precisamos organizar melhor nossos serviços”, afirmou o ministro. Para ele, a criação das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas é um passo nessa direção.
“Uma das questões que a população aponta, e com razão, é que às vezes todo o atendimento está concentrado nos Prontos-Socorros, misturando os casos menos graves com os mais graves. A UPA 24 horas é importante, porque você separa”, disse.
Segundo dados do ministério, onde já há uma rede de UPAs estruturada, “de cada 100 pessoas que procuravam a UPA 24 horas, apenas três precisavam ser encaminhadas para um Pronto-Socorro”.
O ministro disse também que a criação dos centros de Telessaúde visa resolver a demora no acesso a exames e especialistas. Neles, unidades básicas de saúde em bairros de periferia e cidades pequenas recebem uma rede de acesso à internet para que médicos possam enviar e receber exames e também tirar dúvidas com especialistas.
Contratação de médicosA pesquisa do Ibope informou que para 57% dos entrevistados, a principal medida seria contratar mais médicos. Para Padilha, a questão envolve formar médicos de especialidades em falta, como oncologia (que trata o câncer), geriatria (que trata idosos), neurocirurgia (que realiza operações no cérebro) e anestesiologia (responsável pela sedação do paciente).
Para isso, o Ministério da Saúde está trabalhando com o da Educação para financiar, com recursos próprios, bolsas de residência médica nessas áreas. Em troca, os médicos podem ter descontos no pagamento ao atender a população nas áreas mais necessitadas.
Mesmo com as propostas da pasta, a pesquisa informa que 85% dos entrevistados não perceberam avanços no sistema público de saúde nos últimos três anos. “Isso revela os nossos desafios. [...] O ministério globalmente concorda com os resultados da pesquisa”, disse Padilha sobre esse dado.
Para ele, são dois os pontos mais positivos apresentados no levantamento. O primeiro é que 71% das pessoas que responderam acreditam que as políticas preventivas de saúde são mais importantes do que construir hospitais. O segundo, que a luta contra as drogas envolve não apenas segurança pública, mas também saúde pública.
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