PERIGO

Coca-Cola e 7 marcas tem ítens cancerígenos
proibidos há muitos anos nos Estados Unidos e na Europa, como o ciclamato de sódio e o benzeno. A Coca-Cola Zero, Sukita Zero, Fanta Light, Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita contém estas substâncias no Brasil.
      A Coca-Cola Zero tem ciclamato de sódio, um agente químico que provoca danos para a saúde. Os outros sete refrigerantes contêm benzeno, uma substância cancerígena. Apesar do perigo à saúde, estes refrigerantes ainda são vendidos no Brasil.
      O motivo das empresas não mudarem a composição dos refrigerantes é o baixo custo do ciclamato de sódio (7,90 euros por quilo) quando comparado ao aspartame (119,50 euros por quilo), substância presente, por exemplo, na Coca-Cola Light.
      No Canadá, Reino Unido e na maioria dos países europeus a Coca-Cola Zero não tem essa substância, substituída pelo aspartame. Mas, nos países pobres e em desenvolvimento, a Coca-Cola Company prefere aumentar seus lucros a preservar a saúde de seus clientes.
      Alarmante
      Uma pesquisa da Pro Teste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, verificou a presença do benzeno em índices alarmantes na Sukita Zero (20 microgramas por litro) e na Fanta Light (7,5 microgramas).
      O benzeno está presente na fumaça do cigarro e dos carros. Ele é usado na fabricação de produtos como detergente, borracha sintética e nylon, e está relacionado ao aparecimento de leucemia e linfoma.
      Em seu site, a Coca-Cola procura contornar as denúncias. Trata as pesquisas científicas que levaram à proibição dos refrigerantes como “boatos e mitos”. Alega que os estudos dos EUA são antigos e que outros dizem que o ciclamato é seguro.
      Afirma que a União Europeia aprovou o ciclamato, mas a Coca-Cola Zero também é proibida na maioria dos países europeus se tiver este componente. Alega ainda que o benzeno encontrado nos refrigerantes o foi em doses pequenas e eventuais.
      “A presença eventual de benzeno em bebidas e alimentos pode ocorrer em níveis muito baixos, como os que foram detectados em recente teste, realizado em número limitado de amostras de refrigerantes, sem que isto represente risco para o consumo”.
      Novamente, cita a União Europeia como desculpa, esquecendo de contar que ela também proibiu os refrigerantes com benzeno. Na quinta-feira um jornal português chegou a divulgar que os oito refrigerantes tinham sido proibidos no Brasil, mas ainda não há confirmação disso.
JORNAL A REGIÃO