Farmácia é responsável pela distribuição dos medicamentos no estado.
Governo do estado alega haver grande demanda por conta do fim do ano.
José Ramos, que é transplantado há dez anos, disse ao G1 que chegou às 9h na farmácia, mas que só conseguiu retirar o medicamento às 17h. “Se eu não tomar esse medicamento, o meu rim pode parar”, declarou, lembrando dos difíceis cinco anos que ficou fazendo hemodiálise. Ele disse que o problema na farmácia aumentou no último mês.
A aposentada Isaura Nogueira relatou que nem mesmo a senha preferencial estava seguindo o ritmo normal. Ela ficou mais de quatro horas na fila de espera para pegar o medicamento do marido que é deficiente físico. “Meu marido ficou em casa sozinho. Eu faço tudo por ele. E se acontecer alguma coisa com ele?”, questionou preocupada. Já a auxiliar de restaurante, Deisiane dos Santos, desistiu de pegar o remédio para a avó porque tem que trabalhar a noite. “Vou voltar outro dia e tentar pegar o remédio contra a osteoporose para a minha avó”, comentou.
A farmácia, que é responsável pela distribuição dos medicamentos no estado, foi repassada em julho do ano passado para o Instituto Pernambucano de Assistência Social (IPAS). A organização social venceu o processo licitatório para administrar o setor. Atualmente, 23 mil pacientes dependem desta prestação de serviço.
De acordo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, o atendimento na Farmácia de Alto Custo na capital funciona com horários previamente agendados. No entanto, informou a secretaria, a demanda aumentou devido ao recesso do final deste ano. Ainda segundo o órgão, todas as pessoas que estão na fila de espera devem ser atendidas ainda nesta terça-feira (10).
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