Segundo a Emater, 72 municípios estão em situação de emergência.
Pecuária, culturas do milho e da soja são as mais afetadas.
Em Boa Vista do Cadeado, também no noroeste, bebedouros foram abertos para água chegar até os animais. Nas lavouras, a seca afetou 90% da produção de milho.
Até a soja, que vinha resistindo bem por ser uma planta que precisa de menos água do que o milho, por exemplo, já sente os efeitos da falta de água. Em algumas cidades, os prejuízos já são de pelo menos 50%, mas como a cultura é a principal na safra de verão, com mais de quatro milhões de hectares plantados no estado, esta ainda é a esperança de muitos agricultores.
Em Bagé, região da Campanha, os dias têm sido de sol forte, vento e sem chuva, combinação que começa a prejudicar as pastagens. Os pecuaristas temem que a seca deste ano cause prejuízo como a do ano passado, quando as pastagens foram atingidas e com o gado magro, o resultado foi uma redução aproximada de 40% no número de nascimento de terneiros. O impacto é sentido até hoje.
Em Santa Maria, região central, o agricultor Jarbas Fernandes está preocupado com a estiagem. “Já perdi 20% do arroz plantado e se não chover nos próximos dias, o percentual vai aumentar”, conta desanimado.
Quem tem barragem para as lavouras também está preocupado. Se não chover nos próximos 20 dias, os reservatórios devem secar bem no período reprodutivo do arroz.
Segundo a Emater do Rio Grande do Sul, 72 municípios já decretaram situação de emergência por causa da estiagem, condição que preocupa os principais cultivos do estado, como o milho, que já apresenta redução de 25% na produção esperada em relação à média histórica e 31% em relação à última safra. Gervásio Paulus, diretor técnico da Emater/RS, fala mais sobre o assunto e outras culturas prejudicadas
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