Chuva e calor típicos do Verão favorecem desenvolvimento da doença.
Alguns agricultores já perderam 25% da plantação de milho, soja e feijão.
Na fazenda São Miguel, o agricultor César Sandre cultiva mais de dois mil hectares de feijão e soja. Não é de hoje que o produtor se preocupa com os prejuízos causados pelo mofo branco. "A gente já vem se prevenindo há anos, com rotação de cultura, palhada e, em último caso, fazemos tratamento específico para isso", diz César.
Mesmo com o trabalho de prevenção, não teve jeito. O mofo branco apareceu em 25% das lavouras. A doença pode contaminar o solo por até oito anos e, quando atinge a planta, o caule seca e a vagem não pode ser aproveitada.
Segundo o agrônomo Renato Caetano, os cuidados vão desde o plantio até o período em que a planta começa a se reproduzir. "A gente escolheu uma variedade que é a mais adaptada para o Verão, fizemos também a escolha do espaçamento com a quantidade de plantas por metro quadrado, população por hectare, e, por último, um controle químico para proteger a planta durante o ciclo reprodutivo", explicou.
Mas o tratamento aumenta o custo de produção, como lamenta o gerente de produção Luciano Rodrigues. Ele cultiva milho e feijão em uma área de quase três mil hectares. O produtor conta que o mofo branco atingiu 25% da lavoura. O prejuízo deve chegar a dez sacas por hectare.
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