MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 22 de janeiro de 2012

Mercado do peixe é tradição em Shangri-lá, no litoral do Paraná



Mercado existe há mais de 40 anos, no balneário de Shangri-lá.
Pescadores contam histórias da rotina diária.

Adriana Justi do G1, em Pontal do Sul
Pescadores levam a pesca do dia até o Mercado do peixe. (Foto: Adriana Justi / G1)Pescadores levam a pesca do dia até o mercado do peixe. (Foto: Adriana Justi / G1)
Todo dia é a mesma rotina, os pescadores saem de madrugada, entre 3h e 4h, para ver se o mar está pra peixes, e o resultado na maioria das vezes é muito bom, afirma o presidente da associação de pescadores de Pontal do Paraná, Genes Tavares, que também é conhecido como 'baiano'. Os peixes são comercializados no mercado do peixe, em Shangri-lá, no litoral do Paraná.
Peixe (Foto: Adriana Justi / G1)Genes comemora mais um dia de pescaria.
(Foto: Adriana Justi / G1)
"Tem peixe de todo tipo, linguado, camarão, corvina, bagre, lula, cação (...), entre outros", conta Tavares. Além dos peixes, quem passa por lá ainda pode levar para casa "grandes histórias de pescadores e amizades para a vida toda", acrescentou 'baiano'.
Telma Paiva da Silva, largou o escritório onde trabalhava de secretária, para trabalhar com o marido no ramo da pesca.
"Isso já faz mais de 25 anos. Depois que casamos, eu vim morar e trabalhar junto com o meu marido aqui. Foi a melhor coisa que eu fiz. É muito melhor trabalhar ao ar livre e com a natureza do que em ambiente fechado, como era o escritório", conta Telma. O casal trabalha no mercado do peixe desde que casou. O marido, José Paiva da Silva, pesca e limpa os peixes e Telma atende os clientes.
Casal exibe corvinas e um bagre de oito quilos no Mercado do peixe. (Foto: Adriana Justi / G1)Casal exibe corvinas e um bagre de oito quilos no mercado do peixe. (Foto: Adriana Justi / G1)
O pescador e surfista Márcio Santana da Veiga, também trabalha no mercado e conta que não trocaria as duas atividades por nada. "Eu aprendi a pescar com meu pai há 20 anos e aprendi a surfar porque com a pesca, eu não saía do mar. Aí resolvi unir o útil ao gradável", brinca Veiga.
Márcio conta também que já pescou em vários lugares, mas disse com convicção, "aqui tem mais peixe". "Já pesquei em tantos lugares do Brasil, mas no Paraná é bem melhor", acrescenta.
Dona Nadir é a terceira geração de uma família que comercializa camarões.  (Foto: Adriana Justi / G1)Dona Nadir é a terceira geração de uma família que
comercializa camarões. (Foto: Adriana Justi / G1)
O mercado começou com barracas improvisadas na beira da praia e na década de 90 teve um novo espaço, mais organizado e mais prático para os pescadores, com lugar para limpar e barracas mais espaçosas.
Dona Nadir dos Santos faz parte da terceira geração de uma família que sempre comercializou camarão.
"Eu tenho 66 anos e adoro o que eu faço. Meu pai e minha mãe diziam que a gente nunca podia reclamar das coisa, tínhamos que agradecer apenas por ter um trabalho e ganhar o pão de cada dia. E é isso que eu faço, trabalho com amor e agradeço pelo que tenho", conta a moradora.
Quem mora na região não dispensa o peixe fresquinho de todos os dias, como é o caso da apodentada Maria, que mora em Shangri-lá há 30 anos. "Eu compro quase todos os dias, todo mundo me conhece aqui. Tenho amigos e não compro eu outro lugar, senão eles ficam chateados comigo", brinca a moradora.
O espaço tem mais de 40 anos e abre todos os dias, das 9h as 14 h.
Mercado (Foto: Adriana Justi / G1)Mercado do peixe em Shangri-lá. (Foto: Adriana Justi / G1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário