MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 8 de janeiro de 2012

Madeira sintética, com plástico 100% reciclado, gera bons negócios

 

Há 3 anos, empresário começou a trabalhar com o mercado sustentável.
Ele investiu R$ 2 milhões para estruturar a fábrica e comprar equipamentos.

Do PEGN TV
Tendência de bons negócios para 2012, empresas desenvolvem, cada vez mais, soluções para preservar o meio ambiente e gerar bons lucros. É o caso do piso de madeira sintética, feito com plástico 100% reciclado.

Uma madeira que não solta farpas, não absorve umidade, nem retém fungos ou cupim. Além disso, é prática e fácil de limpar. A madeira sintética é bem parecida com a natural. Seja na cor, no peso e na beleza.
A empresa de Carlos Ristum, em Guarulhos, na Grande São Paulo fabrica a madeira feita com plástico 100% reciclado. Há 3 anos, o empresário começou a trabalhar com o mercado sustentável. Ele investiu R$ 2 milhões para estruturar a fábrica e comprar equipamentos.

De 2009 para cá foi um trabalho árduo, um trabalho de investimentos constantes, mas sobretudo de acreditar num negócio que deveria prosperar, como tem se mostrado até o presente momento.
A madeira sintética é feita em dois padrões: placas com 10 ou 15 centímetros de espessura. A produção é feita em um galpão, onde trabalham 12 funcionários. O material que vai ser reciclado chega de ONGs e de empresas que fazem a coleta e a separação do plástico. Por mês, são 40 toneladas, a maior parte é de embalagens de doces, salgadinhos, e até sacos de lixo.
Todo o plástico usado reciclado vai para máquinas gigantes. Primeiro o material segue na esteira. Depois, é processado a uma temperatura de 120 graus. Aí, o plástico derretido recebe pigmentos. “Tem um tratamento de superfície que se chama metalização, vai a pintura e depois tem um colter, que é um verniz. Tudo isso somado forma como se fosse uma pele humana. Mas ele dá uma resistência, porque são vários componentes. Ele forma como se fosse fibras depois, é o caso de um bambu, uma taquara”, diz Roberto Caleffi, gerente industrial.
Para ganhar forma, o plástico líquido vai para as injetoras. Por fim, o material é resfriado e ganha acabamento. Na fábrica, as peças passam por um rigoroso controle de qualidade. “Ela é quatro vezes superior a resistência da madeira. (...) Ela aceita todas as ferramentas que são utilizadas na madeira, como serra, pregos, parafusos, tintas, qualquer outro material que é aplicado na madeira, também é aplicado no nosso produto”, diz o empresário Carlos Ristum.
Reciclar significa menos lixo no meio ambiente e economia de energia. Uma solução inteligente para baratear o processo de produção nas empresas. Mas, no Brasil poucas indústrias já aderiram à reciclagem. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química, só 15% de todo plástico produzido no país são reaproveitados.
A empresa de Ristum vende o produto para todo país e fatura R$ 600 mil por ano.
O metro da madeira sintética custa, em média, R$ 120. O preço ainda é salgado se comparado ao da madeira natural. Cerca de 50% mais caro. Mas quem opta pelo produto ganha na durabilidade. O material é bem mais resistente à ação do tempo. “Nós percebemos que realmente o cliente usa e volta a usar, pela facilidade da manutenção do produto, e pela economia que vai demonstrar ter ao longo do tempo”, diz o empresário.
a madeira plástica substitui a utilização da madeira natural na fabricação de portões, móveis, pisos e revestimentos.
A aposentada Hilda Lima Mesquita usou a madeira sintética para fazer o piso do quintal. Num espaço de quase 35 metros quadrados, gastou R$ 11,5 mil entre material e instalação do produto. “Eu tinha uma região que alagava, que não crescia grama, e tinha muito cupim. Então eu achei que a madeira plástica era melhor para essa situação.”
Com a boa aceitação do produto no mercado, para 2012 o empresário já traçou uma meta, aumentar, e muito, a produção. “Nós já temos uma amostra dos últimos dois meses que a gente vem em uma crescente, então nós acreditamos muito que 2012 vai nos proporcionar o dobro, do que nós conseguimos fazer esse ano”, diz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário