MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

LUGAR DE BANDIDO RICO OU POBRE É NA CADEIA

Suspeito de provocar série de acidentes em SP se entrega

Para polícia, Michel Costa foi responsável por batidas e tiros.
Crime ocorreu na segunda; ele disse que não tentou matar ninguém.

Do G1 SP
Administrador de empresas se entrega em São Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Administrador de empresas se entrega em São
Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
O administrador de empresas Michel Goldfarb Costa, de 34 anos, suspeito de provocar uma série de acidentes em São Paulo na manhã de segunda-feira (9), se entregou à polícia na noite desta quarta-feira (11).
Ele chegou junto com seu advogado e com a namorada por volta das 20h15 no 26º Distrito Policial, no Sacomã.
Costa afirmou que não tentou matar ninguém. Segundo ele, os tiros não foram disparados na direção das pessoas, mas nas maçanetas dos veículos. "Estava em fuga e pedia para as pessoas saírem do carro. Eu falava: 'sai, sai'. E elas não saíam. Eu atirava na fechadura para abrir o carro", afirmou.
Segundo as investigações, ele bateu em pelo menos dois carros e um ônibus, baleou um homem na barriga e feriu outro de raspão.
Costa afirmou que saiu de casa após seus cães latirem e ele pensar que haviam invadido sua casa. "Eu desci para pegar minhas coisas, para bater em fuga, para preservar minha vida. Nesse momento, fui pegar minha carteira, meu celular e eles tinham desaparecido. Só estavam lá a chave e o controle da garagem." Ele contou que já estava com a arma na cintura e o colete à prova de balas.
O administrador contou que já haviam jogado pedras em sua casa. E afirmou que por conhecer bem seus cachorros sabia que algo de errado estava contecendo.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Antônio Manfrin, do 26º Distrito Policial, disse acreditar que o administrador tenha tido um "surto psicótico". "Aparentemente não há motivação, a não ser um surto", afirmou. O policial acrescentou que ao menos 20 tiros foram disparados.
A namorada de Costa prestou depoimento na segunda. Ela o descreveu como uma pessoa fechada, com poucos amigos, quase nenhum contato com a família e que não trabalhava. "Ele aplicava dinheiro na Bolsa de Valores", segundo o delegado.
'Dia de fúria'
O tenente da Polícia Militar Guilherme Willian Pacheco definiu a ação como um "dia de fúria". Segundo ele, a ação "foge do padrão de um assalto". “Ele em um dia de fúria e loucura teria pego uma arma e um colete e efetuado vários disparos em via pública”, afirmou.
Os policiais descobriram a identidade do suspeito após constatarem que ele é o dono do Corolla encontrado na Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul.
Engenheiro (Foto: Leticia Macedo/G1)Engenheiro foi uma das vítimas (Foto: Leticia
Macedo/G1)
O Corolla, após derrapar, foi visto pela primeira vítima do criminoso, o taxista Elias da Silva, de 37 anos, que levava uma passageira para o aeroporto. Ele parou no semáforo e foi abordado pelo homem armado com uma pistola calibre 380.
Para o tenente, a ação foge do padrão, segundo relato das testemunhas que estiveram presentes durante todo o dia no 26º Distrito Policial, no Sacomã. “Em nenhum momento ele falou 'desce, que é um assalto', como a gente costuma ver. Ele atirou, depois tirava a pessoa de dentro do carro. Foge do padrão de um roubo normal."
Mapa (Foto: Arte/G1)
Ação
Em alta velocidade, o criminoso que havia roubado o táxi nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, colidiu com um Fiat Brava na Avenida Presidente Tancredo Neves, próximo da Avenida Nossa Senhora das Mercês. Um Fiat Idea também foi atingido.
"Eu só ouvi a pancada. Foi tão forte que eu pensei que era um caminhão. Só pensava no meu filho”, afirmou David Neves, técnico em instalação de TV a cabo, que dirigia o Fiat Brava. A mulher dele, de 28 anos, e o filho, de 2 meses, tiveram que ser levados ao Hospital Cruz Azul, mas passavam bem. “Minha mulher deve ter uns arranhões, mas está em choque. Meu filho estava na cadeirinha. Eles estão só estão em observação. Está tudo bem.”
Depois da colisão, o criminoso deixou o carro e saiu atirando para todos os lados. Ele baleou o motorista de uma EcoEsport e tentou fugir no carro, mas não conseguiu. Posteriormente, o criminoso atirou contra um Logan. “Acho que ele queria o meu carro para fugir”, disse o engenheiro Ademir Carlos Guerretta, de 61 anos, que ia para o trabalho no Logan. O tiro atingiu o engenheiro de raspão no braço.
O ladrão abordou, então, a professora Ivete Souza Cruz, de 48 anos, que estava no Polo prata. “Ele atirava a esmo. Ele deu um tiro na maçaneta e tentou me tirar com cinto e tudo. Ele me arrancou do carro. Não tinha percebido que ele estava ferido, mas estou com a roupa toda suja de sangue dele”, disse a professora.
À frente, já próximo à Rua Vergueiro, ainda na Avenida Presidente Tancredo Neves, ele colidiu com um ônibus. Para prosseguir em fuga, um Ford Ka foi roubado, com o qual seguiu até o Parque Dom Pedro, no Centro de São Paulo. Nesse ponto, ele roubou um Celta e seguiu até a Ponte da Casa Verde. Depois, desapareceu.
O motorista da EcoEsport foi levado para o Hospital Heliópolis, onde passou por uma cirurgia. Segundo um familiar da vítima, a bala perfurou a barriga e ficou alojada na perna. Ele passava bem nesta tarde.

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