Jacarés e botos são mortos no Amazonas para servirem de isca

Estudos mostram que animais são mortos para virarem iscas.
Objetivo é um peixe vendido até para o exterior.

Do Globo Rural

Em apenas uma apreensão em 2011, mais de 40 jacarés-açu foram encontrados. O número de denúncias ao batalhão tem aumentado.
A piracatinga não é muito consumida no Amazonas. Por ser um peixe liso, sem escamas, não tem valor comercial no estado, mas é vendido a outras regiões do país e até para a Colômbia. O problema é que para pegar esse peixe é preciso usar carne fresca.
Denúncias de matança de botos e jacarés para virarem isca chegam de vários pontos do estado. Até mesmo em frente à Manaus, na outra margem do Rio Negro, já houveram apreensões, mas pressão mesmo, os bichos sofrem ao longo do Rio Solimões.
Até no entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, um dos santuários da vida selvagem na Amazônia, é possível ver as cenas. Um jacaré-açu morto boia no rio próximo às caixas de madeira usadas na pesca ilegal.
Segundo os cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, nos últimos 10 anos já desapareceram, pelo menos, 50% dos botos que vivem próximo à reserva, a 500 quilômetros de Manaus. Eles organizam expedições para marcar o dorso dos animais e assim observar e controlar a população de botos cor de rosa e tucuxi que vive na área.
Nem os animais acompanhados pelo projeto escapam. Uma fêmea morta por um arpão era acompanhada desde filhote. A mãe e os irmãos também são velhos conhecidos dos pesquisadores, que estão preocupados.