MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Instituições no CE para dependentes químicos dizem passar dificuldades

 

Seis instituições devem receber 20 pacientes para tratamento.
Convênio recebe recursos do Ministério da Saúde, segundo prefeitura

Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares
O Ceará é um estado carente na oferta de locais e profissionais que tratam usuários de drogas e nem todos têm condições de pagar um acolhimento em clínicas de reabilitação, muitas das quais passam por dificuldades financeiras. No final de 2010, seis instituições assinaram um convênio com a prefeitura de Fortaleza para destinar 20 vagas para dependentes químicos.
O recurso é do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. No entanto, o diretor do Centro de Recuperação Nova Vida, Júnior Braga, reclama que a verba, R$ 1.152.000,00, já foi repassada pelo Ministério da Saúde. “De lá pra cá eles ficam mandando poucos internos e estão com pagamento atrasado por cinco meses”, afirma Júnior.
A ideia do convênio é dar apoio para pessoas como Valério Feitosa, ex-morador de rua, mudarem de vida. “Além de eu estar me recuperando, eu estou deixando a sociedade em paz. Eu mexia muito no que era dos outros, praticava muita coisa ruim”, disse.
Os casos são encaminhados pelos Centros de Atenção Psicossocial a Dependentes de Álcool e outras Drogas (Caps-AD), um em cada região de Fortaleza. Qualquer pessoa pode se dirigir ao órgão em busca de ajuda, segundo a prefeitura.
Avaliação
Primeiro o dependente químico passa por uma avaliação feita por uma equipe de profissionais. Depois é integrada a um projeto terapêutico, o que inclui várias atividades. Quem precisa de desintoxicação vai para o hospital Santa Casa de Misericórdia. Quem precisa de internação, vai para uma das seis comunidades terapêuticas conveniadas com a prefeitura. Os demais, recebem acompanhamento no próprio Caps.
É o caso de Andréa Clóvis e José Valentim, que vão ao Caps todos os dias há cinco anos. “Antes eu era um alcoólatra , um mendigo. Bebia todos os dias. Eu estando aqui, fico resguardado de ter recaída e continuo meu tratamento”, disse Valentim.
Pouco divulgado
Apesar dos benefícios, o serviço ainda é pouco divulgado. Dados da prefeitura mostram que enquanto nos Caps tradicionais são atendidas cerca de 1500 pessoas por mês, nos Caps ADs são realizados em média 500 atendimentos mensais. A maior dificuldade é fazer com que os pacientes não abandonem o tratamento antes do fim.
Valério Feitosa, por exemplo, chegou a sair da instituição onde estava, voltou para a rua e teve recaída. Mas decidiu voltar ao Caps e pedir ajuda mais uma vez.
A coordenadora de saúde mental de Fortaleza, Rane Félix, diz que a própria resistência dos pacientes à internação pode explicar a grande quantidade de vagas ociosas nas instituições. Mas explica que mesmo nesses casos, a família pode procurar a instituição e ser orientada sobre o que fazer.

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