MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Importadora de prótese francesa no PR está fechada temporariamente

 

Segunda a Anvisa, importadora precisa recolher mais de 10 mil próteses.
Na segunda (2), o registro da prótese francesa foi cancelado pela Anvisa.

Bibiana Dionísio Do G1 PR
A empresa importadora da prótese mamária fabricada pela indústria francesa Poly Implants Protheses (PIP) está de portas fechadas e sem qualquer identificação quanto à atividade comercial. Conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as próteses que ainda não foram comercializadas devem ser retiradas do mercado e destruídas. O recolhimento do produto cabe à EMI Importação e Distribuição LTDA, que é a única importadora brasileira da prótese francesa e possui sedes em Curitiba e Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana. O G1 ligou para o telefone cadastrado da empresa, mas ainda não conseguiu contato.

Na segunda-feira (2), o registro das próteses fabricadas pela PIP foi cancelado pela Anvisa. A medida foi adotada após a divulgação de uma pesquisa das autoridades sanitárias francesas indicar que a prótese é fabricada com um tipo de silicone inadequado e apresentar altos índices de ruptura.
Prótese mamária de silicone da extinta empresa francesa PIP. (Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo)Prótese mamária de silicone da extinta empresa francesa PIP. (Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo)
Desde 2005, o país importou 34.631 unidades, sendo que 24.534 foram comercializadas. Portanto, segundo a Anvisa, há 10.097 próteses que precisam ser recolhidas. A estimativa é de que no Paraná, 2.084 próteses foram vendidas.
De acordo com a Vigilância Sanitária do Paraná as unidades da empresa estão temporariamente fechadas e a única informação que se tem é que os funcionários estariam em férias coletivas. Em entrevista ao G1, o chefe do departamento de estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, explicou que os técnicos foram até as sedes da empresa por duas vezes. O objetivo é verificar se a quantidade de próteses em posse da empresa coincide com a quantidade divulgada pela Anvisa, uma vez que desde 2010, a comercialização da prótese está proibida no país.
Segundo Santana, o representante legal da empresa será notificado a comparecer e permitir a entrada da Vigilância Sanitária nos locais onde as próteses estariam armazenadas. Caso seja percebida alguma irregularidade, o processo é encaminhado para as autoridades competentes para aplicar sanções civis e criminais. Além das próteses mamárias, a empresa importa outros produtos de saúde.
Nesta quarta-feira (4), a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética recomendou que todos os implantes mamários feitos com a prótese da PIP sejam substituídos imediatamente para evitar riscos futuros à saúde, mesmo que a prótese ainda não tenha rompido.
Na avaliação de Santana, as pessoas devem manter a calma. Ele recomenda que as mulheres que possuem a prótese francesa façam um acompanhamento médico e avaliem a necessidade de uma nova cirurgia. Ele lembra que as pacientes recebem um certificado de qualidade do produto no qual consta o nome do fabricante da prótese.

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