MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Excesso de chuva compromete plantações de soja em MG


Umidade favorece ataque de fungos nas lavouras do sudoeste do estado.
Em MT, solo encharcado atrasa o trabalho de colheita do grão.

Do Globo Rural

O excesso de chuva está comprometendo as plantações de soja em algumas propriedades de Minas Gerais. A umidade favoreceu o ataque de fungos, como o mofo branco, em lavouras do sudoeste do estado.
A soja plantada há dois meses e meio pelo agricultor João Martins em Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba, está na fase de enchimento dos grãos. O produtor, que ficou surpreso com a quantidade de vagens por planta, esperava colher cerca de 60 sacas por hectare. Mas, por causa do excesso de chuva nos últimos dias, a plantação está sofrendo com o ataque do mofo branco, o que deve provocar queda na produtividade.
De acordo com o agrônomo Bruno Fernandes, a praga causa mais prejuízos na etapa de enchimento dos grãos. “Esse excesso de chuva tem prejudicado a gente a entrar na lavoura para fazer o controle químico. O excesso de umidade no chão é favorável para a presença do mofo branco, que começa no caule e vai estendendo na vagem. Como a gente tem uma presença muito grande de vagens, isso está causando um dano muito grande”, explica.
O agrônomo diz ainda que as lavouras também estão sofrendo com a falta de sol. “Em um mês choveu mais de 600 milímetros. O que a gente precisava em todo o ciclo da soja choveu praticamente em um mês. Esse excesso de chuva reflete na falta de luminosidade, que é muito importante para a cultura da soja”, completa Fernandes.
A situação ocorre nos 170 hectares que o produtor Henrique Borges, plantou há pouco mais de um mês. A falta de luminosidade deixa as folhas amarelas e a planta não se desenvolve bem.
O excesso de chuva causa problemas às lavouras de soja do Mato Grosso. A colheita atrasou porque, com o solo encharcado, as máquinas ficam paradas.
A colheita começou no inicio de janeiro na fazenda em Primavera do Leste, mas como o tempo não ajudou muito as máquinas ficaram pelo menos duas semanas paradas. Apenas 80 dos 500 hectares foram colhidos. Apesar do atraso, a expectativa é de um bom resultado da lavoura, em torno de 55 sacas por hectare.
A soja da propriedade de Frankie Martagnari já foi dessecada e o maquinário entrou em campo com atraso de uma semana. O produtor espera retirar 45 mil sacas dos 750 hectares cultivados. “A gente pegou um preço na faixa de R$ 40 e foi comercializado 30% da safra”, diz.
O início do ano foi de muitas chuvas na região sul do estado. Os produtores esperam que o sol apareça para que a colheita prossiga. A região da Grande Primavera, da qual fazem parte sete municípios, deve produzir cerca de 70 mil toneladas nesta safra dos 587 mil hectares plantados.

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