MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Especialistas recomendam uso de FGTS para moradia

 

Donaldson Gomes A TARDE
Com uma inflação de 6,5% no ano passado e o rendimento oficial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de 4,3% no mesmo período, os trabalhadores brasileiros tiveram em 2011 o pior rendimento da história, de acordo com dados do Instituto FGTS Fácil. Pelas contas da instituição, o Governo Federal deixou de depositar nas contas dos trabalhadores brasileiros R$ 21,6 bilhões só no ano passado e o rendimento apresentado seria incapaz até de repor as perdas com a inflação no período.

Apesar das perdas, que segundo o FGTS Fácil, repetem-se ano após ano desde 2003, o volume de recursos do Fundo utilizados para o financiamento habitacional representou 9,5% do total de saques realizados por trabalhadores ano passado na Bahia. De acordo com dados da coordenação regional do FGTS da Caixa Econômica Federal, 67% dos saques do R$ 1,98 bilhão do FGTS realizados ano passado na Bahia foram por conta de rescisões sem justa causa. A aposentadoria foi o segundo maior motivo de saques, com 14,5% dos casos.

Equívoco - Os números de 2011 mostram que o trabalhador costuma deixar os recursos parados, o que representa um equívoco, de acordo com o especialista em finanças pessoais, Ângelo Guerreiro Costa. "Deixar os recursos aplicados é o pior que se pode fazer, o problema é que é uma aplicação compulsória, em que a retirada só é permitida em situações específicas", explica.

O especialista em finanças pessoais lembra que o rendimento dos valores depositados são bem menores que os juros cobrados nos financiamentos habitacionais convencionais – principal forma de utilização dos recursos para quem está trabalhando. "Os financiamentos convencionais costumam cobrar entre 9% e 11% ao ano, além da TR", explica Guerreiro Costa.

É verdade que do ponto de vista financeiro, o uso do FGTS é uma opção interessante para o trabalhador, mas o planejador pessoal Francis Brode Hesse recomenda aos trabalhadores que atentem para o caráter de "poupança para dias difíceis" que o benefício representa. "Se a pessoa tem uma reserva financeira suficiente para suportar seis meses de desemprego, pode lançar mão dos recursos. Mas se não tem, melhor fazer uma avaliação mais criteriosa", recomenda. Neste caso, ele lembra, investir os recursos na aquisição de um imóvel pode trazer dificuldades em casos de desemprego.

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