MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 8 de janeiro de 2012

Empresário lucra com pimentas e alho negro

 

Administrador investiu R$ 48 mil pra desenvolver o produto.
No Mercado Municipal de SP, cada cabeça sai por R$ 12.

Do PEGN TV
 
O administrador de empresas Antonio Sergio Rossi largou tudo para fazer o que mais gosta: temperos culinários. Em 2009, ele investiu R$ 10 mil para montar uma pequena cozinha com bancadas, fogão e geladeira. No local, Antonio produz pimentas em conservas, vendidas em vidros de vários formatos e tamanhos.
“Os brasileiros hoje estão começando a pegar gosto pela pimenta, a usar com mais habitualidade ou por na sua mesa a pimenta”, diz o empresário.
Rossi manipula 12 tipos de pimentas, como malagueta, bico doce, dedo de moça, pimenta de cheiro e red habanero. Ele produz conservas de pimentas picadas ou cremes, e dá as receitas: o creme é uma mistura de pimenta com manjericão, alecrim, alho, gengibre, açúcar e sal. A mistura vai ao fogo aos poucos, durante três dias, e depois é coada e colocada no vidro. Já na pimenta em conserva, o segredo é a arte de cortar bem fininho e dispor no vidro, com conhaque e vinagre.
“O objetivo principal é fazer com que cause um impacto quando o cliente olhe para o vidro e ele se apaixone pelo produto”, diz Rossi.
Um quilo de pimenta bico doce, por exemplo, custa R$ 10 reais e gera 30 vidros, vendidos a R$ 3 cada, num total de R$ 90.
No ano passado, o empresário descobriu a fórmula de um novo produto, que ultrapassou em vendas as pimentas e mudou o rumo dos negócios: o alho negro. O produto é considerado uma iguaria, top na culinária mundial, e uma mina de ouro. Chega a custar R$ 120 o quilo.
O alho negro é fabricado na China e nas Coreias há muitos anos, e importado pelo Brasil. O empresário se interessou pelo produto, e resolveu fabricá-lo aqui. Ele investiu R$ 48 mil em testes durante um ano até descobrir a fórmula.
“Na fase de testes, eu perdi literalmente 230 kg de alho até chegar atingir o ponto ideal”, conta ele.
O empresário não mostra a produção – apenas revela que é preciso fermentar o alho durante 40 dias, com a ação de vapor, calor e vento. O processo muda a cor do alho- de branco para negro, e o gosto também fica totalmente diferente. “Ele perde toda a característica original do alho. Fica bastante adocicado, gosto de fruta, e um fundinho cítrico”, conta ele.
O alho é vendido em uma embalagem individual de madeira. Mesmo sendo dez vezes mais caro do que o alho “in natura”, o produto nacional é um terço do preço do importado. Só no último mês, as vendas da fábrica dobraram. Hoje são vendidos 40 quilos de alho negro por mês e a projeção é aumentar esse volume cinco vezes até o final do ano.
Vendas
No Mercado Municipal de São Paulo, o box de Lucio da Silva vende o alho negro produzido por Rossi, a R$ 12 a cabeça.
Para divulgar o novo produto, ele faz um corpo a corpo com o cliente: ele mostra, explica e faz degustação do alho negro. O box vende 100 caixas por mês.
O alho negro também é vendido para restaurantes requintados. o novo produto é usado como diferencial para atrair clientes. O produto é versátil e vai bem com sobremesas também.
Animado com o sucesso do alho negro, o empresário Sérgio Rossi acaba de lançar outra novidade num evento para chefes de cozinha e donos de restaurantes, em São Paulo.
“Eis a novidade gastronômica, mas um produto negro, desta vez a cebola negra, que nada mais é que a cebola pequena, o bulbinho, que por um processo longo, mantido em segredo, se transforma nessa exótica iguaria. A cor negra é mais um diferencial, um charme! É um grande diferencial, ao longo de sessenta dias ela vai escurecendo, passado por um processo de reação química e tornando-se negra”, explica.

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