MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cruzeiro empresarial quer oferecer negócios a profissionais sem visto

 

Navio na costa da Califórnia atenderia empresários sem visto dos EUA.
Companhia apresentou planta de cruzeiro, que espera concluir até 2013.

Da AP
Histórias de empresas que começaram em uma garagem nos fundos de casa são cada vez mais comuns, mas um empresário da Califórnia quer transportar essa ideia para o mar.

A ideia, apresentada pela companhia Blueseed Co., é ancorar um navio em frente à costa para abrigar empresários estrangeiros que sonham em criar suas companhias em “solo” americano, mas não têm visto de trabalho nos Estados Unidos.
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Projeto do cruzeiro empresarial que pretende usar escritórios flutuantes a empresários estrangeiros sem visto de trabalho nos EUA (Foto: Blueseed Co. / AP)Projeto do cruzeiro empresarial que pretende usar escritórios flutuantes a empresários estrangeiros sem visto de trabalho nos EUA (Foto: Blueseed Co. / AP)


Para o empresário Max Marty, fundador e diretor-executivo da empresa, as atuais leis de imigração podem enterrar projetos empreendedores e inibir a inovação e a criação de novos empregos em meio à crise.

“Muita gente diz que gostaria de ir ao Vale do Silício, mas não tem como fazer”, diz Marty. A ideia é que o navio sirva de lugar para que empresários estrangeiros toquem suas companhias em águas internacionais a poucos quilômetros da região que concentra as principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

Filho de imigrantes cubanos, Marty diz que teve a ideia do projeto após ouvir conterrâneos seus da Universidade de Miami se lamentarem por ter de deixar os Estados Unidos para conseguirem se especializar.

Uma proposta de lei para lidar com o problema da imigração foi apresentada em 2011 por senadores democratas. A Lei de Vistos para Novos Empresários permitiria a empresários imigrantes e profissionais estrangeiros formados em universidades norte-americanas um visto de dois anos com a condição que assegurem financiamento e investimento nos Estados Unidos e demonstrem a capacidade de criar novos empregos no país.

Mas os fundadores da Blueseed não esperam nenhuma reforma real de um Congresso dividido em ano eleitoral. “Nossa solução é empresarial”, disse Dario Mutabdzija, presidente da empresa.

O projeto do navio abrigaria 1 mil pessoas e estaria ancorado a 19 km a sudoeste da Baía de San Francisco, em águas internacionais. Ele seria registrado em um país com um sistema judicial diferente, como as Bahamas ou as Ilhas Marshall, ao qual os profissionais da embarcação estariam submetidos.

Eles poderiam fazer visitas à terra com vistos temporário de negócio ou turismo, mais fáceis de conseguir, para reunir-se com investidores, colaboradores, sócios e outros. Mutabdzija afirma que a possibilidade de ter encontros cara a cara não deve ser subestimada quando se trata de ganhar a confiança de investidores.

“É certo que vivemos em uma era interconectada, com Skype e outros meios de videoconferência. Mas se estamos tratando de construir uma empresa, a interação pessoal é muito importante”, afirma. “Somos uma companhia nova, temos enfrentado esse tipo de situação. Muita gente diz que se você não está a um raio de 32 km não pode se reunir com você.”

A embarcação seria um cruzeiro reformado, comprado ou arrendado pela companhia. Ele teria todos os serviços tecnológicos que se espera de uma incubadora de empresas, além de filiais de grandes empresas de tecnologia, como Google e Facebook, restaurantes, academias e uma estrutura com mínimo impacto ambiental.

Um helicóptero estaria disponível para emergências.

A ideia da Blueseed começa a ganhar força. Um dos fundadores do site de compras on-line PayPal, Peter Thiel, anunciou que encabeçaria uma busca de fundos para custear o projeto. A empresa espera conseguir arrecadar entre US$ 10 e US$ 30 milhões nos próximos 18 meses. O objetivo é lançar o cruzeiro-empresa no final de 2013.

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