Participação do país na compra da proteína aumentou entre 2010 e 2011.
Em 2011, estado vendeu 35,8 mil toneladas de carne.
O fechamento do mercado russo para a carne brasileira em 2011 provocou mudanças no setor pecuário e impactou nos resultados das exportações de carne bovina. Somente em Mato Grosso, os embarques de proteína animal ao país reduziram de 55,9 mil toneladas de equivalente carcaça a 27,3 mil toneladas do produto, até o final do primeiro semestre, quando passou a vigorar a proibição, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em 2010, do volume total de carne exportado pelo estado, 26% destinaram-se à Rússia. Em 2011, por outro lado, a participação passou a 14%. Como explica o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, o embargo foi decisivo para diminuir as vendas de carne pelo estado. "A Rússia é um mercado importante não só para Mato Grosso, mas também o país. Se não fosse o embargo, certamente teríamos mantido os níveis de exportação que tínhamos antes de 2008. O país foi decisivo na diminuição das exportações de Mato Grosso e do país", destacou.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a receita obtida com estas operações para a Venezuela avançaram de US$ 50,8 milhões a US$ 140,5 milhões. Na prática, cresceu também a participação do país na aquisição da matéria-prima. A Venezuela representava 7% das exportações do estado em 2010 e, em 2011, subiu para 18%.
"O efeito russo só não foi pior porque a Venezuela consumiu mais carne", enfatizou Luciano Vacari, da Acrimat.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Luis Freitas, a venda de carne mato-grossense para o país latino-americano deve-se a um 'momento favorável' à introdução da carne naquele momento.
"Temos um excedente de produção no mercado mato-grossesense. Apesar de ser muito forte o mercado interno, não conseguimos consumir a produção que temos em nível nacional. Temos que ter alternativas para exportar a carne. As indústrias trabalham focando o mundo inteiro. Às vezes, acontecem as sazonalidades e em determinados momentos a Rússia pode não estar interessante [para a venda], mas a Venezuela sim", disse Freitas, ao G1.
Para o representante, o crescimento da participação venezuelana no desempenho das exportações promovidas por Mato Grosso não se deve a uma mudança de perfil. "As indústrias trabalham focando o mundo inteiro. A questão é o preço, pois a carne é uma commoditie e as empresas tentam novas alternativas", salientou. Na relação dos produtos exportados para Venezuela no ano passado estão aquelas consideradas de menor valor agregado.
Queda
Em 2011, Mato Grosso reduziu o volume embarcado de carne bovina para os diferentes países do mundo. No entanto, cresceu a receita. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de janeiro a dezembro de 2011 o estado exportou em carne in natura o volume de 148,8 mil toneladas. Um ano antes, foram 165,7 mil toneladas. Os ganhos foram maiores e avançaram de US$ 669,4 milhões para outros US$ 785,6 milhões.
Em 2010, do volume total de carne exportado pelo estado, 26% destinaram-se à Rússia. Em 2011, por outro lado, a participação passou a 14%. Como explica o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, o embargo foi decisivo para diminuir as vendas de carne pelo estado. "A Rússia é um mercado importante não só para Mato Grosso, mas também o país. Se não fosse o embargo, certamente teríamos mantido os níveis de exportação que tínhamos antes de 2008. O país foi decisivo na diminuição das exportações de Mato Grosso e do país", destacou.
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A saída para minimizar, em partes, os efeitos ocasionados pela venda menor de carne ao país, foi encontrar novos mercados. O momento favorável fez os países da América do Sul, especialmente a Venezuela, aumentar a compra do item mato-grossense. Entre 2010 e 2011 as exportações para este país avançaram de 16,3 mil toneladas de equivalente carcaça a 35,8 mil toneladas.De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a receita obtida com estas operações para a Venezuela avançaram de US$ 50,8 milhões a US$ 140,5 milhões. Na prática, cresceu também a participação do país na aquisição da matéria-prima. A Venezuela representava 7% das exportações do estado em 2010 e, em 2011, subiu para 18%.
"O efeito russo só não foi pior porque a Venezuela consumiu mais carne", enfatizou Luciano Vacari, da Acrimat.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Luis Freitas, a venda de carne mato-grossense para o país latino-americano deve-se a um 'momento favorável' à introdução da carne naquele momento.
"Temos um excedente de produção no mercado mato-grossesense. Apesar de ser muito forte o mercado interno, não conseguimos consumir a produção que temos em nível nacional. Temos que ter alternativas para exportar a carne. As indústrias trabalham focando o mundo inteiro. Às vezes, acontecem as sazonalidades e em determinados momentos a Rússia pode não estar interessante [para a venda], mas a Venezuela sim", disse Freitas, ao G1.
Para o representante, o crescimento da participação venezuelana no desempenho das exportações promovidas por Mato Grosso não se deve a uma mudança de perfil. "As indústrias trabalham focando o mundo inteiro. A questão é o preço, pois a carne é uma commoditie e as empresas tentam novas alternativas", salientou. Na relação dos produtos exportados para Venezuela no ano passado estão aquelas consideradas de menor valor agregado.
Queda
Em 2011, Mato Grosso reduziu o volume embarcado de carne bovina para os diferentes países do mundo. No entanto, cresceu a receita. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de janeiro a dezembro de 2011 o estado exportou em carne in natura o volume de 148,8 mil toneladas. Um ano antes, foram 165,7 mil toneladas. Os ganhos foram maiores e avançaram de US$ 669,4 milhões para outros US$ 785,6 milhões.
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