MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Chuva frequente no início do ano limita colheita da soja em MT

 

Setor ainda não fala em perdas e atribui às chuvas o ritmo tímido da colheita.
Estado deve produzir mais de 22 milhões de toneladas de soja.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT
Colheita da soja em MT ainda é tímida (Foto: Secom/MT)Colheita da safra de soja em Mato Grosso ainda
é tímida (Foto: Secom/MT)
A chuva deste começo de ano está influenciando diretamente o andamento da colheita da safra 2011/12 de soja em Mato Grosso. No estado, onde a produção da oleaginosa deve atingir neste ciclo agrícola a casa de 22,1 milhões de toneladas, o ritmo de trabalho tem sido limitado em função das frequentes precipitações. Até o final da última semana, a cobertura da colheita havia atingido 1,2% dos 6,9 milhões de hectares, segundo apontou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A velocidade é considerada tímida.
Em Campo Novo do Parecis, a 397 quilômetros de Cuiabá, o presidente do Sindicato Rural, Alex Utida, destaca que na comparação com o mesmo período do ano passado, a colheita apresentou menor evolução. Na cidade foram plantados 332,1 mil hectares. "A chuva tem limitado a colheita. Na semana passada, por exemplo, estava nublado", disse
É a região Oeste, da qual faz parte Campo Novo, que apresenta o maior percentual de área colhida. De acordo com o Imea, as máquinas já avançaram por 3,3% dos 963,8 mil hectares destinados à oleaginosa neste ciclo de 2011/12. Chuvas em excesso preocupam pois, para os produtores, pode representar perdas de produtividade e também dificultar o combate às doenças, entre as quais a ferrugem asiática.
"O problema é que a qualidade começa a se perder. Na época da colheita, não se tira o grão na hora certa. No ano passado, nossa colheita estava mais avançada. Ainda não registramos produtores falando em perdas", acrescentou Utida.
É também na região Oeste onde está o município com maior percentual de área colhida do estado. Em Sapezal, localizada a 473 quilômetros da capital, os agricultores começaram a colher ainda no mês de dezembro. Apesar das chuvas, o setor aponta para a continuidade da colheita.
"Os agricultores estão conseguindo colher. É pouco, mas estão conseguindo", frisou ao G1, o presidente do Sindicato Rural, Irio Dal'Maso. Conforme o dirigente sindical, estão colhendo somente os produtores que nesta safra optaram por uma safrinha de algodão e por isso semearam a soja na variedade precoce. Irio, que produz na região, plantou dois mil hectares com a oleaginosa e diz que somente a partir do final do mês de janeiro vai dar início à colheita".
Para o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a concretização do recorde de produção de 22,2 milhões de toneladas será possível caso o produtor consiga aproveitar todos os períodos de clima seco para realizar as operações e contar com doses de chuva para incremento.
"Chegamos a 1,2% colhido, mas poderíamos ter colhido mais. Algumas regiões reportaram que devido às chuvas não puderam colher mais que um ponto percentual", citou Daniel Latorraca, gestor do Imea.
O superintendente do Imea, Otavio Celidônio, lembra que a colheita de soja no estado também reflete diretamente no sucesso da segunda safra de milho. Isto porque à medida que a soja é retirada do campo, o produtor encarrega-se de semear a safrinha. A semeadura do milho no estado já chegou à casa de 0,2% dos 2,2 milhões de hectares.
"O milho já começou a ser plantado e na região médio norte está a parte mais adiantada. O percentual [no estado] é pequeno e estamos atrasados, pois as chuvas estão dificultando um pouco os trabalhos. Agora, em janeiro, o foco é o plantio de algodão, que precisa ser plantado antecipadamente", concluiu.

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