MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 8 de janeiro de 2012

Casa de concordância

 

 
DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
Assim como as pesquisas de opinião mostram Dilma Rousseff com avaliação positiva inédita no primeiro ano de governo na comparação com seus antecessores desde a redemocratização, balanços de fim de ano constataram que a presidente conta com a maioria mais ampla no Congresso de todo o período.

Tanto na Câmara quanto no Senado o governo conta com cerca de 80% dos parlamentares. Entre os 513 deputados, apenas 91 são de partidos da oposição, que ficou reduzida a 17 senadores depois da eleição de 2010.
Nem Lula conseguiu isso. Ele teve 37% de oposicionistas no primeiro mandato e 30% no segundo. Considerando a redução, à primeira vista pode se chegar à conclusão de que o governo do PT dizima gradativamente a oposição - que, nesse ritmo, caminha para a extinção caso perca as próximas eleições presidenciais.
Examinando mais detidamente o apanhado feito pela Folha de S. Paulo em dezembro, vê-se, no entanto, que o governismo no Congresso não é necessariamente o resultado de um bem-sucedido plano engendrado pelo PT. Seria, por assim dizer, mais um hábito do político brasileiro, uma vocação.
Fernando Henrique Cardoso bateu Lula e chegou perto de Dilma em matéria de adversários no Parlamento: na Câmara teve apenas 24,5% de oposicionistas no primeiro mandato e 26% no segundo.
Fernando Collor de Mello foi o presidente com a maior oposição (49% da Câmara) e Itamar Franco, durante o mandato tampão de dois anos, encontrava resistência em 33% dos deputados, enquanto José Sarney, com toda a impopularidade pós-Plano Cruzado, ficou na marca dos 37%.

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